Por Joedson Telles
Divido com o internauta os verbos que escutei ontem de um amigo, ao deixar a academia, depois entro em campo. “Está uma m… em tudo. Mas, como ano que vem tem eleição, ele vai querer eleger seu candidato e, aí, vai dar uma maquiada no estado. A coisa melhora uma besteirinha. Escreva lá no Universo Político”.
No gramado! O “ele” em questão é o governador Jackson Barreto. Vejam só onde chegamos. O tipo de sentimento que move pessoas que vivem em Sergipe. A descrença com este governo. A ideia que estamos entregue à própria sorte, que não temos gestão, cresce tanto que esbarramos em exemplos como este: contenta-se com a suposta ideia de maquiar o estado por conta das eleições e melhorarmos “uma besteirinha”. Reflita-se: quando a demagogia emerge como alento, imagine o tamanho do caos?
Lógico que em se tratando de política, nada pode ser descartado. Mas não creio que vingue o juízo exposto com facilidade. O buraco é muito profundo para se dar o “jeitinho brasileiro” até o carnaval, quando Sergipe intensifica respirar eleição. Há muitos problemas acumulados não teria “maquiagem” certa – peguemos carona – que arrumasse a casa.
Acho que o governador Jackson Barreto, em correspondendo às expectativas momentâneas, se dividir seu tempo entre administrar e fazer política será um excelente cabo eleitoral, se atuar na linha de frente da campanha de Edvaldo Nogueira, Valadares Filho ou de outro nome do seu agrupamento que entre na disputa. O problema é que um excelente cabo eleitoral do provável adversário, o prefeito João Alves Filho. Dará cabo, na verdade, ao sonho do seu aliado chegar à Prefeitura de Aracaju acossado pela frustração (até revolta, em certos casos) do eleitor com o seu governo. Pelo menos é o sentimento hoje.
Vale lembrar aos de curta memória que com o seu governo enfrentando problemas menores, o saudoso Marcelo Déda e o próprio Jackson Barreto, por tabela, tiraram votos do então candidato a prefeito de Aracaju, em 2012, Valadares Filho. Aliás, ventilou-se que o próprio marqueteiro do candidato fez o alerta. O filme, portanto, é ancestral, mas o sentimento do eleitor coevo. E as estatísticas cruéis: governo fraco, apoio idem e resultado fúnebre.