Por Joedson Telles
Nesta quarta-feira, dia 10, com exceção dos deputados estaduais da oposição (menos Rodrigo Valadares que não estava no plenário) e do deputado (independente) Iran Barbosa (PT), parlamentares presentes à sessão da Assembleia Legislativa votaram contra um requerimento que, se fosse aprovado, convidaria o governador Belivaldo Chagas (PSD) para participar de um debate no Poder Legislativo sobre a situação financeira do Governo do Estado.
Antes da votação, os deputados Georgeo Passos, Dr Samuel Carvalho e Kitty Lima (todos Cidadania) ainda tentaram persuadir seus pares a votar favorável à matéria. Argumentaram que o próprio governador, durante uma entrevista, se colocou à disposição dos deputados para o debate.
“Lembro que no primeiro dia que vi o governador nesta Casa, ele disse que iria escancarar as contas do governo, e abrir para esta Casa, que é a Casa do povo, o diálogo. E ficamos felizes com esta entrevista que ele deu, mostrando que quer dialogar. Que não vê problema em dialogar com representantes do povo sergipano. Então, não vejo problema neste requerimento por ser o desejo do próprio governador”, argumentou Dr Samuel Carvalho.
Derrubar o requerimento
O deputado Francisco Gualberto (PT), entretanto, relembrando os tempos de líder do governo, encaminhou votação para derrubar o requerimento. Argumentou ser preciso preservar o direito de o governador comparecer ou não – e o direito de os deputados convidarem ou não.
“Não tem problema. Mas não pode ter confusão política. Se o requerimento for aprovado, o convite deixa de ser de quem assinou: passa a ser da Casa Parlamentar. Eu não estou convidando. Falei com alguns deputados que também não. Então, não tem sentido votar (favorável) ao requerimento se eu não estou convidando. Por isso, estou encaminhando meu voto contra o requerimento. E quem também não estiver convidando não tem razão para aprovar”, explicou Gualberto.
Líder do governo na Casa, o deputado Zezinho Sobral (MDB) também usou a palavra para reforçar o voto contrário. Concordando com Gualberto, segundo ele, o objetivo específico do requerimento ainda dá uma característica de convocação. “Aparece e transparece que esta casa quer interrogar, cobrar, de certa forma, coagir um governador que tem conosco, até porque foi membro desta Casa, simpatia e cordialidade, e já demonstrou isso várias vezes. Então não temos razão para fazer uma convocação com esta característica. Por isso solicito aos pares que reprovem este requerimento”, solicitou e foi atendido.
