O deputado estadual Garibalde Mendonça (PMDB), que usou a tribuna da Assembleia Legislativa, esta semana, para apelar ao Governo do Estado e à Prefeitura de Aracaju para que ajudem financeiramente o Confiança não está só. O parlamentar ecoa um sentimento de inúmeros sergipanos.
Evidente que a maioria é torcedor do Dragão. Mas há também quem torça por outro time, mas vibre com o esporte sergipano – e até quem sequer goste de futebol, mas tem visão suficiente para entender que o Confiança ou outro time sergipano disputando uma competição nacional é sinônimo de publicidade positiva do estado lá fora. De turista desembarcado aqui. E não só as delegações adversárias: torcedores acompanham seus times e, evidentemente, movimentam a economia sergipana.
Ou seja, ao ajudarem financeiramente o Confiança a montar um time forte, competitivo, o Governo do Estado e a Prefeitura de Aracaju estão não apenas cuidando do esporte como também do turismo. Evidente que há áreas prioritárias – como saúde, segurança e educação. É preciso levar em conta também a crise que paira no Brasil. Porém, com boa vontade e criatividade, creio que os gestores conseguem ajudar o Confiança.
O pleito não é contratar jogadores caros como Guerreiro e Robinho, por exemplo. Muito menos, Cristiano Ronaldo e Messi. Mas jogadores com custos bem mais em conta. No nível dos adversários do atual campeonato. Aliás, no seu pronunciamento, o deputado Garibalde, em boa hora, citou times que são ajudados pelos seus Estados e municípios sem que isso tenha levado algum gestor a negligenciar outras áreas. Tampouco quebrar os caixas.
Com o atual elenco, por mais amor e apoio que a sua apaixonada torcida consiga expressar, o Confiança não irá muito longe. Ao invés de subir para a série ‘B’ do Campeonato Brasileiro e passar a sonhar com a elite na série ‘A’, juntando-se ao Flamengo, Corinthians, Cruzeiro, Inter e outros clubes grandes, pode sequer se manter na série ‘C’. E, caso volte à série ‘D’, liga que abriga os times mais fracos e, via de regra, sem torcida, nada de positivo para time e estado. Só “sofrencia”, como diz um rapaz desafinado que existe graças ao lugar comum “gosto não se discute”.