Provocado sobre a possibilidade de ser considerado um “traidor”, caso não decida apoiar uma possível candidatura do Partido dos Trabalhadores ao Governo do Estado, o governador Belivaldo Chagas (PSD) garantiu, nesta terça-feira, dia 17, que ninguém vai colocar essa pecha nele, até porque o agrupamento ainda não definiu o nome de quem vai concorrer ao cargo majoritário no próximo pleito.
“É interessante essa história de dizer que o PT teve participação importante na eleição de Belivaldo. Edvaldo Nogueira será que teve algum papel importante no processo de formação desse bloco? E o que fizeram com Edvaldo? E uma candidatura do PT para prejudicar Edvaldo Nogueira será que foi justa? Ninguém vai colocar a pecha de traidor em mim, nem mesmo o cidadão que já disse que eu sou o símbolo da ingratidão. Agora, fazem besteira no meio do caminho achando que estão certos”, disse o governador.
Belivaldo ratificou que todos os pré-candidatos ao governo do agrupamento estão se movimentando e que não tem problema nenhum com o PT. Contudo, reforçou que todos os partidos tiveram um papel fundamental para que ele fosse eleito. “Eu fui eleito por um agrupamento. É preciso respeitar o agrupamento. Ninguém é melhor do que ninguém”, frisou.
O governador rebateu as críticas que tem recebido, sobretudo do senador Alessandro Vieira (Cidadania), no sentido de ter colocado o pagamento dos servidores em dia somente por conta da utilização dos recursos oriundos do Governo Federal que foram enviados para o combate à Covid-19. Segundo Belivaldo, os recursos viabilizados pelo Governo Federal no período da pandemia foram importantes, mas não foram os recursos que fizeram com que fosse pago o décimo terceiro do ano passado, por exemplo.
“Quem tem língua fala o que quer. Para a economia do Brasil e de Sergipe. Eu tenho respeito pelo senador Alessandro. Ele tem excesso de boa vontade, mas lhe falta experiência. Ele não sabe o que é ser gestor. Eu terei o maior prazer do mundo de reunir a equipe econômica do estado e apresentar os dados ao senador, até porque existe o portal da transparência. Quando a economia é aquecida automaticamente a gente tem o retorno, principalmente no que diz respeito à arrecadação de imposto. Difícil vai ser receber elogios por parte de certas pessoas. O senador cumpre o papel dele e eu procuro cumprir o meu sem esconder nada”, disse.
Sobre a carta que foi assinada por ele e outros governadores em solidariedade ao Supremo Tribunal Federal (STF), Belivaldo avaliou que o embate que acontece entre os poderes não é salutar e não contribui em nada para a sociedade.
Eu acho que esse embate entre poderes não leva a nada que preste. Não é bom para ninguém. Os poderes precisam de harmonia e independência. O objetivo foi pedir tranquilidade e paz. Baixar o nível não é bom para ninguém. Não vai ser a guerra que vai resolver isso. O objetivo foi não precisar de polícia na rua para resolver esse tipo de coisa. Não precisamos de golpe nem de guerra. Precisamos de paz. Nunca teve essa discussão. Não vamos colocar mais lenha na fogueira.
Do Universo, com informações da Fan FM