O senador Eduardo Amorim (PSC) concedeu entrevista, na manhã desta quarta-feira, dia 15, ao radialista Gilmar Carvalho, Rede Ilha. Convidado para detalhar o funcionamento da subcomissão temporária destinada a fiscalizar a aplicação de recursos públicos em obras inacabadas que estejam paralisadas, Eduardo lembrou a conhecida “obra” do Hospital do Câncer de Sergipe (HC). “Vamos incluir nessa fiscalização aquela que tem recurso disponibilizado e que ainda nem começou”, disse o parlamentar ao fazer alusão ao Hospital do Câncer.
O parlamentar afirmou que a luta para a liberação dos recursos já faz cinco anos. “É incompreensível, não dar para entender. Sergipe têm déficits de leitos e as pessoas morrem sem tratamento adequado”, lembrou sobre a inércia das obras do HC. “O mais revoltante é que o recurso existe e sequer um tijolo foi adicionado”. O senador disse que não tem explicação e o que existe é “maldade e perversidade”.
“Percebemos a falta de qualidade no gasto público, pois se paga muito tributo demasiadamente e recebemos pouco retorno”, disse ao relatar o pensamento do brasileiro ao observar uma obra inacabada. “Temos que acabar com essa pouca vergonha”.
Perdas de recursos
Segundo o líder do PSC no Senado, foram cinco emendas nos últimos cinco anos, que totalizam R$ 143 milhões, deste valor foi subtraído R$ 17 milhões devido à obra não ter o seu início e outros R$ 33 milhões encontram-se empenhados em uma conta bancária na Caixa. “O valor está disponível, fora a contrapartida do governo do Estado, que estão sendo utilizados para a terraplanagem, a qual o governo fez recentemente uma propaganda belíssima, como se o hospital já estivesse pronto”, explicou Eduardo.
Nomeações e endividamento
O senador mostrou preocupação quanto aos cargos em comissão do governo do Estado, segundo ele, as nomeações já ultrapassam duas mil nomeações, de dezembro do ano passado até abril deste ano. “O governo deve dar o exemplo, pois o momento é difícil. Sergipe passa por uma situação financeira nunca vista antes”, explicou ao relatar que “o Estado é um dos mais endividados do País, em 2008 a dívida pública era de R$ 829 milhões; já hoje passa, com facilidade, dos R$ 4 bilhões”.
Cenário político
Sobre o cenário político atual o senador afirmou que existem novos nomes que podem disputar futuros pleitos, como o deputado estadual Capitão Samuel (PSL) e o federal Adelson Barreto (PTB). “Existem vários outros nomes e o nosso grupo fará avaliações”, disse ao relatar que “são nomes preparados e capazes para o pleito do próximo ano”.
Quanto ao relacionamento com o prefeito de Aracaju, João Alves Filho (DEM), o senador disse que mantém um diálogo permanente e de respeito. “Concedo minha opinião sempre, mesmo não participando da administração, que nunca solicitei espaço”, disse Eduardo ao explicar que sempre está em constante diálogo com a senadora Maria do Carmo. “Discutimos projetos e ideias”.
Enviado pela assessoria