Por Luiz Sérgio Teles
O deputado estadual Georgeo Passos, que agora integra o partido Rede Sustentabilidade, anunciou, nesta segunda-feira, dia 9, que deixará a liderança da oposição e manterá uma posição independência na Assembleia Legislativa. Segundo ele, não existe de sua parte nada contra o senador Eduardo Amorim (PSDB) ou contra o deputado federal André Moura (PSC). Georgeo afirmou que a escolha pelo Rede se deu em virtude das ideias se coincidirem.
“Foi uma opção nossa. Desde o ano passado, tivemos vários convites e percebemos que essa forma que o REDE defende bate muito com o que defendemos. Somos contra a aposentadoria de ex-governadores, por exemplo. Tem também a defesa que fazemos pela aprovação da PEC da Ficha Limpa. Casou o convite da Rede com o nosso mandato. Respeitamos todos os partidos como fizemos durante esses três anos, mas temos um novo caminho”, frisou.
O deputado disse que não vê mudança na gestão do Governo do Estado, que agora tem à frente Belivaldo Chagas (PSD), sucedendo Jackson Barreto, que se afastou para se candidatar ao Senado.
“Belivaldo Chagas já vinha fazendo parte do núcleo do governo de Jackson desde o início. Torço para que Belivaldo não seja igual a Jackson. Que não atrase salários, que não atrase fornecedores, que consiga fazer as obras que estão atrasadas em Sergipe tomem um rumo. Agora ele tem a autoridade do cargo e Sergipe todo aguarda. Sabemos das dificuldades por ele ter feito parte do governo e não ter conseguido fazer nada fora das determinações do ex-governador Jackson Barreto”, pontuou.
Sobre o Setor de Nefrologia do HUSE, Georgeo ressaltou que o governador deveria ter participado da inauguração na última quinta-feira, evitando constrangimento ao seu Governo. “Lógico que ele demonstra, diante da repercussão do caso, uma atitude diferente. Semana passada ele também fazia parte desse Governo. Esperamos que essa determinação toda faça com que as coisas aconteçam e que não seja uma continuidade do governo Jackson Barreto”, disse.
Lula
Em relação a prisão do ex-presidente Lula, o parlamentar avaliou que o Supremo Tribunal Federal precisa decidir qual ponto defende. “Se realmente for o cumprimento provisório da pena, não temos o que questionar. Mas, se mudar, é algo que gera uma implicância jurídica muito grande. Eu nunca votei no ex-presidente Lula, mas precisamos de uma segurança jurídica. Além de Lula, temos mais de 60% da população carcerária sem uma sentença condenatória. É um problema social que precisamos analisar”, disse.