Por Joedson Telles
O deputado federal Fábio Mitidieri, ao vencer a primeira barreira entre ele e a realização do sonho de governar Sergipe, demonstrou ter plena ciência do que precisa ser prioridade no projeto político do próximo chefe do Poder Executivo: os mais pobres.
“Um cenário difícil trazido pela pandemia e que o principal desafio do próximo governador de Sergipe está no combate à fome e à miséria, na geração de emprego e renda para o nosso povo”, disse Mitidieri, ao ser escolhido pelo bloco.
Evidente que este juízo representa apenas uma considerável fatia do bolo. Há outras importantes e urgentes demandas do povo sergipano, e o pré-candidato Fábio Mitidieri, obviamente, como um deputado antenado, tem plena ciência.
No entanto, ele demonstra ter sensibilidade social, ao priorizar na sua primeira fala, após ser encarregado da missão, focar a miséria, os mais necessitados, os que não têm esperanças.
A fome – o degrau mais baixo da escada – é uma triste e vergonhosa realidade no Brasil e, indiscutivelmente, cresceu assustadoramente na carona desta lástima chamada pandemia.
Os auxílios oriundos dos gestores – seja presidente, governadores ou prefeitos – tiveram e têm, evidentemente, grande importância. Mas apenas minimizaram e minimizam o problema. Não resolveram. Não resolverão. Ainda tem muita gente com fome e sem dignidade.
Basta. Não cabe na realidade de ninguém com o mínimo de bom senso, um ser humano catar lixo para “se alimentar”. O comércio de ossos humilha todos nós. Uma criança chorando por não ter o que comer nos reduz ao pó. Isso tudo revolta as pessoas de bem. Jamais pode ser banalizado. É fora do cristianismo.
Um pré-candidato ao Governo do Estado que dá o primeiro passo da sua jornada por este terreno social tão importante mostra entender bem a sua missão. Discerne o papel dos políticos – agentes muito bem remunerados com o dinheiro público para cuidar do povo. Fábio Mitidieri não poderia apresentar um melhor cartão de visita.