Por Joedson Telles
Procurado pelo Universo para comentar a polêmica entrevista do prefeito de Itabaiana e seu “aliado”, Valmir de Francisquinho, o ex-prefeito Adailton Sousa agradeceu a atenção, mas optou pelo silêncio.
Evidentemente, somente o próprio Adailton e os seus botões sabem com precisão o que justifica não tocar no assunto sequer para se defender. Podemos até imaginar respostas; chutar, mas nada que tenha 100% de acerto.
Trivial mesmo é que Valmir de Francisquinho, que sonha com o voo mais alto da política de Sergipe, atirou no próprio pé, independente de ter dito ou não a verdade sobre a gestão de Adailton.
Vejamos. No caso de Valmir estar falando a verdade, ele esquece ou dar de ombros ao fato de o eleitor saber que Adailton chegou ao poder tendo o próprio Valmir como maior cabo eleitoral. No popular: “Valmir botou Adailton”.
Indagação óbvia: Valmir não teria tido o zelo de acompanhar a gestão do aliado e, em havendo erros, denunciá-los de pronto?
Seria muita ingenuidade acreditar que Valmir vigiou de perto os passos do prefeito que elegeu, mas precisou assumir a gestão, depois de quatro anos, para apontar erros. Ou supostos erros. Se for o caso, estaria a pecar pela omissão. No mínimo, deveria abrir a boca como faz agora.
No caso de não ter acompanhado de perto a gestão do aliado, Valmir espelharia um erro imperdoável, já que muitos eleitores de Itabaiana só votaram em Adailton por causa dele. Confiaram num Valmir que seria um fiscal da administração do aliado.
Valmir peca ainda quando se revela um político frio, que joga o aliado contra os eleitores e lava as mãos, como se não tivesse participação na eleição de Adailton, em 2020. Aliás, Valmir estaria a alertar não apenas os demais aliados, mas também quem pode se aproximar dele? Hoje foi Adailton; amanhã qualquer um?