Por Joedson Telles
São 5h15 da manhã. Após a primeira oração do dia, vou às redes sociais e tomo ciência da morte do jornalista Eugênio Nascimento. Após meses internado em estado grave de saúde, o amigo Eugênio partiu.
Neste momento, não tem fé em Deus que evite a tristeza. A dor. Mesmo sabendo que a vida não termina na morte física, que aqueles que morrem em Cristo Jesus viverão eternamente, após a segunda vinda do Salvador, a tristeza sempre vem na carona. Lágrimas são imperiosas.
Não estamos nunca preparados para aceitar com naturalidade a morte das pessoas que têm importância em nossas vidas. Deus nos criou para a vida eterna. O pecado trouxe a morte…
… “Pastor!” Eugênio nunca me chamou Joedson Telles, quando trabalhamos juntos no Jornal da Cidade; e não mudou, depois que deixei o JC para labutar aqui no Universo. Ele falava em tom de brincadeira sorrindo: “Deus não existe, pastor”.
Devolvia na mesma moeda o chamando “pastor”, mas não partia para a apologética. Achava desnecessário. No fundo, tenho certeza que ele acreditava na existência de Deus, e comprova isso, neste momento, num lugar especial.
O seu jeito brincalhão, de bem com a vida, sempre esteve a preceder o que ele externava sobre o Criador. Acredito, inclusive, que no seu íntimo, ele se aproximou mais de Deus, nesta fase difícil de sua vida. Eugênio tinha o coração grande demais. Perfeito para abrigar o Espírito Santo.
Familiares e verdadeiros amigos e amigas de Eugênio estão tristes. Ele soube construir esse amor. Não apenas Sergipe perde um dos seus melhores jornalistas. Não apenas a imprensa está de luto. Mais que isso, perdemos um ser humano fantástico. Leve. Sem arrogância ou vaidade. Quem teve o privilégio de conviver com Eugênio sabe que não estou exagerando. Eugênio sabia tratar as pessoas. Que Deus receba você, “pastor”.