O deputado estadual Valmir Monteiro (PSC) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa, nessa segunda-feira 10, para rebater um pronunciamento feito, anteriormente, pela também deputada Goretti Reis (DEM), que ao fazer a defesa do prefeito de Lagarto, Lila Fraga (PSDB), insinuou que a gestão atual está em dificuldades para honrar os compromissos com os servidores públicos municipais por conta de um suposto “rombo financeiro” deixado pela administração anterior, quando Valmir era prefeito. O deputado disse que já esperava por esse debate com a democrata.
“A deputada Goretti (Reis) insinua que eu deixei um rombo de R$ 10 milhões quando deixei a prefeitura de Lagarto. Ela faz isso para tentar justificar o injustificável, a incompetência da gestão atual. Se ela tem documentos, eu também tenho muitos para desmascarar essas mentiras, para mostrar todas as mazelas e a roubalheira que acontece em Lagarto”, rebateu Valmir, enfatizando que pagou 47 meses de salários ao Magistério, sempre com o piso da categoria incluído e retroativo a janeiro.
Em seguida, o deputado lembrou que Goretti Reis deveria explicar o que foi feito, por exemplo, com o montante de R$ 1,5 milhão que entrou na conta da Maternidade Zacarias Júnior, em Lagarto. “Esse dinheiro entrou na conta e estava disponível já no dia 2 de janeiro de 2013. Eu até reconheço que a Maternidade funcione, mas o Hospital Nossa Senhora da Conceição, que se encontra fechado e não atende a ninguém, mas recebeu do prefeito atual os repasses da ordem de R$ 13,3 milhões em 30 meses”.
Valmir seguiu rebatendo o discurso de Goretti Reis fazendo mais denúncias contra a atual administração. “A esposa de Jerônimo (Reis) tem uma empresa de xerox em Lagarto que já recebeu quase R$ 600 mil da prefeitura em apenas 30 meses. O que vocês gastam com xerox em um mês, nós gastamos durante um pouco mais de mês! E isso com recursos da Educação! Eu paguei todos os compromissos e débitos que assumi. Quando atrasei, foi porque o piso teve um aumento de 22%, enquanto que hoje o reajuste fica em torno de 7% a 8%. Todo mundo está cansado de saber que a prefeitura calculou receber em 2012 os R$ 44 milhões, mas recebeu R$ 39 milhões”.
O deputado lembrou que, enquanto prefeito, reformou todas as escolas, garantiu a eficiência e a rotina das merendas escolares, enquanto que a gestão atual sequer pintou as paredes. “Tem escolas que ainda contam com a nossa marca de administração ainda. Na Cidade Nova, reduto da deputada, eu reformei e ampliei a escola. Irresponsável eu seria se tivesse com o dinheiro e não tivesse feito. Não tivemos uma greve, uma manifestação contrária na nossa gestão”.
“Se o prefeito tinha dificuldades para honrar os compromissos com o funcionalismo, por exemplo, por que ele pagou o piso do Magistério em 2013? Ele pagou o piso e em 2014 já deixou de pagar. Se ela tem documento, nós também temos demais! Enquanto ela fala na sua emissora de rádio, a partir de agora eu vou me defender usando a tribuna da AL. Eu tive quase 20 mil votos em Lagarto trabalhando, não foi enganando o povo. Fui processado porque estava construindo três casas para famílias carentes do município. Ninguém mora lá! O grupo da família de Goretti doou, na mesma localidade, mais de 400 lotes. Foram dados e nada aconteceu!”, completou o deputado.
Por fim, Valmir disse que já requereu uma ouvidoria, por parte do Ministério da Saúde, para apurar o trâmite dos recursos que chegam para o Hospital Nossa Senhora da Conceição. “Eu quero que a deputada justifique. Nunca pagaram uma conta de água a Deso em Lagarto. Fui lá e negociei. O irmão da deputada, quando prefeito, não pagava o INSS e quando eu assumi a prefeitura havia um débito de R$ 50 milhões. Só no transporte escolar em 2012 nós pagamos R$ 2,5 milhões. Só este ano a prefeitura está pagando R$ 6,2 milhões”.
Outros
Os deputados Gustinho Ribeiro (PSD) e Ana Lúcia (PT) também foram de encontro a alguns dados apresentados por Goretti. “Recebi um dado importante: a prefeitura de Laranjeiras, com cerca de 20 mil habitantes, repassou, durante um ano, para o Hospital Nossa Senhora da Conceição, o montante de R$ 9 milhões. Isso para um hospital precário fornecer exames para moradores de Laranjeiras”.
“Colocando a mil reais cada exame, teremos a metade da população da cidade sendo examinada. Os órgãos fiscalizadores como o MPE e do TCE deve investigar isso. E olhe que já teve até problema judicial com a Igreja. É uma verdadeira caixa-preta que precisa ser aberta. Infelizmente existe em Lagarto uma ditadura da Saúde, onde as pessoas são atendidas por eles, e têm que trocar suas mazelas por votos. Até o Hospital Regional, que recebia recursos, perdeu para essa unidade de Saúde que vive fechada”, completou Gustinho Ribeiro.
Enviado pela assessoria