Por Elder Santos
Planejar, projetar, prevenir e racionalizar são verbos inerentes ao glossário do ser humano moderno, seja no lado particular ou coletivo, preocupado em evitar infortúnios que, em dias correntes, podem se tornar concretos a depender de como eles são embrionados.
Levando para o lado desportista, ausências destes verbos, pode resultar em falta de títulos ou rebaixamentos, provocando a queda de recursos financeiros, consequentemente por afastamento de apoio empresarial ou do torcedor.
Vejo o caso da Associação Desportiva Confiança, que apesar de ter sido a melhor equipe do campeonato sergipano, durante realização da primeira fase, por falta de atenção dos seus dirigentes, ficou fora da grande final, que asseguraria ao clube a oportunidade de lutar e conquistar o inédito tricampeonato.
Ato contínuo, o clube entrou em crise, iniciando um processo de entra e sai de treinadores. No total, já ficaram à frente da comissão técnica proletária, em um total de três meses, total de três treinadores, desconsiderando o fato de que Betinho iniciou o ano com equipe e depois, em um período de trinta dias, foi afastado e depois retornou.
No período de 15 dias que antecedia a inicialização do campeonato brasileiro da série C, clube concretizou inúmeras contratações, ficando prazo ínfimo para que comando técnico conhecesse elenco e fosse realizado adequações e variações táticas. Resultado: campanha irregular dentro de casa, com três derrotas e um empate, amargando o Z-2, posição que rebaixa o clube.
Finalmente, diretoria acordou, contratou um treinador mais firme e experiente, ciente dos caminhos e meandros do futebol, e, reforça plantel com jogadores pedidos pela comissão técnica.
Uma das primeiras decisões de Roberto foi disciplinar a entrada e saída de torcedores e imprensa, reajustando time e resgatando a auto estima dos torcedores do Dragão do Bairro Industrial.
Na primeira partida do novo comandante proletário, Roberto Fernandez, conquistou empate fora de casa em Pernambuco e com seu estilo de agir e coordenar atividades tem provocado empatia entre ele e torcida.
Estes “problemas” mal planejados que vão e vêm são frutos do tão-somente imediatismo, o qual é alimentado também por muitos brasileiros e outros dirigentes de clubes que são carentes da eficácia promovida pelo planejar, projetar, prevenir e racionalizar. Será? Vamos ver.
Neste ponto, erros iniciais e medidas tomadas recentemente deixam claro que o brasileiro só fecha a porta depois de roubado. No caso azul, depois de sentir-se ameaçado.