Diante de uma série de informações desencontradas e especulações sem fundamento, um dos oito fornecedores de bancas para as feiras livres de Aracaju, Bertulino Menezes, resolveu vir a público para externar o “outro lado da moeda”, ou seja, ele está disposto a explicar para a sociedade aracajuana que os problemas apontados pelo Ministério Público Estadual nas feiras livres da capital, quanto a aspectos de higienização e conservação dos alimentos, poderiam ter sido resolvidos caso a Prefeitura de Aracaju, na gestão do ex-prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB), via Empresa Municipal de Serviços Urbanos (EMSURB), tivesse assumido as responsabilidades que lhe são cabíveis, e analisado o projeto “Feira Modelo”, proposto por ele em outubro de 2005, ou seja, há quase 10 anos.
À época, Bertulino Menezes encaminhou o ofício 09/2005 para o então Diretor Presidente da EMSURB, João Andrade, apresentando o projeto “Feira Modelo”, a ser analisado e implantado pela gestão municipal. “Minha intenção, como fornecedor e cidadão, era a de apresentar uma proposta de otimização para garantir a qualidade dos serviços e investimentos realizados nas feiras livres e mercados públicos. Enxerguei que, além de garantir a higienização e a conservação dos alimentos, estaria elevando o nível de satisfação dos consumidores, ou seja, ganhariam todos”.
Bertulino revelou que, por dezenas de vezes, procurou o então Diretor de Espaços Públicos, Antônio Carlos, que chegou a elogiar o projeto e garantir o devido trâmite, mas nunca se dispôs a colocá-lo em prática. “Infelizmente, o diretor sempre tratou esse tema tão relevante para o povo de Aracaju com o mais absoluto descaso. Consta no ofício (com o protocolo 3736/2005), que tenho em mãos, uma assinatura do então Diretor Presidente, João Andrade, dando ciência que recebeu a proposta e dando o devido encaminhamento para a DIREP (Diretoria de Espaço Públicos da EMSURB) no dia 24 de outubro de 2005. Daí então, engavetaram o projeto”.
O fornecedor revela ainda que, à época, por diversas vezes foi convidado pelo Ministério Público Federal para participar das discussões em torno da Portaria 204 do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que trata da manutenção da qualidade da carne, desde o abate do animal até o consumidor final. “Como investidor, sempre tive o respeito com os consumidores. Era um defensor intransigente do entendimento com o feirante para implantação dos balcões frigoríficos, o que ocorreu na feira do Batistão. Acreditei tanto no projeto que comprei, financiado pelo FINAME, 50 balcões frigoríficos que tiveram grande aceitação pelos comerciantes e a sociedade em geral”.
Bertulino explicou que 25 balcões foram implantados na área externa do Batistão, que se tornou uma espécie de “Feira Modelo”, e os demais ficaram armazenados à espera de uma ação da EMSURB para ampliar o projeto nas feiras de bairro. “Por absoluta omissão da Gestão anterior, mas diretamente do diretor Antônio Carlos, que não conhecia e nem tinha boa vontade com um tema tão complexo como é feira livre, o projeto foi esquecido em uma gaveta e o reflexo dessa irresponsabilidade veio à tona hoje graças a atuação do Ministério Público e da atual administração municipal”.
Bertulino disse ainda que chegou a investir na confecção de dois mil jalecos e gorros com as logomarcas da EMSURB e Vigilância Sanitária para transmitir um aspecto de higienização compatível com as exigências impostas pela Secretaria de Saúde do Município. O kit foi distribuído com todos os feirantes devidamente cadastrados, sendo que dois meses depois, também por omissão da fiscalização da EMSURB, o material caiu em desuso. Ainda buscando a melhor prestação de serviço para os consumidores, em janeiro de 2013, Bertulino distribuiu pelas feiras livres da capital mais de 1,5 barracas novas, ganchos e lonas.
“Essa foi mais uma prova do meu compromisso social com o povo de Aracaju. Lamento que o assunto tenha ganhado interpretações infundadas e inverídicas. Eu, como cidadão, continuo a disposição do Ministério Público, da Vigilância Sanitária, EMSURB, feirantes e até da Câmara Municipal para discorrer sobre o assunto e apresentar que o meu projeto de 2005, pode muito bem ser aplicado nos dias de hoje, como maior celeridade, sem que isso represente qualquer custo para os cofres públicos e onere excessivamente o feirante”, concluiu Bertulino Menezes.
Enviado pela Assessoria de Imprensa