O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, disse à CPI da Petrobras ser favorável ao financiamento público exclusivo de campanhas eleitorais. Ele é apontado pelo Ministério Público como beneficiário de propinas de empresas contratadas pela Petrobras. Segundo as denúncias, decorrentes da Operação Lava Jato da Polícia Federal, parte da propina era paga pelas empresas na forma de doações oficiais de campanha ao PT.
Vaccari negou qualquer irregularidade na arrecadação de recursos para os comitês financeiros de campanha do PT e disse várias vezes à CPI que nunca recebeu propinas – apesar de admitir conhecer vários dos empresários processados por corrupção e lavagem de dinheiro em contratos com a Petrobras.
Em depoimento de delação premiada, o empresário Augusto Mendonça Neto, dono da Setal Engenharia, disse que as empresas do grupo (Setec, Projetec, Setal Óleo e Gás – SOG e PEM Engenharia) receberam R$ 117 milhões das obras das duas refinarias Getúlio Vargas (Repar) e de Paulínia (Replan). Desse montante, segundo ele, R$ 4,26 milhões foram parar nas contas de quatro diretórios do PT, entre 2008 e 2012: o Diretório Nacional, o Diretório da Bahia, o Diretório Municipal de Porto Alegre e o Diretório Municipal de São Paulo.
“Sou a favor de que os partidos só recebam recursos públicos”, disse Vaccari, ao responder pergunta do deputado Ivan Valente (Psol-SP).
Enviado por Agência Câmara de Notícias