Por Joedson Telles
Lembram daquela musiquinha “chame o Edvaldo que ele volta”? Tocou tanto que acabou sendo atendida pela maioria e deu Edvaldo, não foi? Pois bem, se eu fosse o prefeito estaria, neste momento, a cantarolar com os botões: “bate em Edvaldo que ele gosta”… Opa. Gosta de ser criticado? Explico. A oposição, salvo exceções, vem sendo infeliz. Ou não tem o que falar do prefeito, exceto fazer a crítica frente erros dentro da média de qualquer administração, ou não está tendo competência para desgastar o prefeito, e acaba até o ajudando politicamente.
Primeiro, o deputado Rodrigo Valadares usa notícia falsa, mentirosa, caluniosa atribuindo irresponsabilidade e negligência ao prefeito Edvaldo Nogueira por problemas causados pelas chuvas na residência de um casal de idosos em Santa Rosa de Lima. O próprio deputado admitiu de público, posteriormente: nada a ver com Edvaldo que é gestor de Aracaju. Resultado? Depois disso, o eleitor mais perspicaz coloca em xeque tudo que o deputado Rodrigo Valadares disse, diz ou diga sobre a gestão Edvaldo.
A bola da vez da oposição, pra ficarmos apenas em dois exemplos óbvios do atabalhoamento a alvejar o próprio pé, aos olhos dos mais atentos, é bater insistentemente em Edvaldo por conta da obra de recuperação da avenida Beira Mar, que está sendo executada pela Prefeitura de Aracaju, neste momento. Que se ecoe o sentimento dos condutores impacientes com a lentidão do trânsito por conta da obra. Normal. Papel da oposição. Mas fazer disso novela sensacionalista – cada dia um capítulo sem novidade?
Pô! O prefeito apanha porque está executando uma obra em uma das mais importantes e movimentadas avenidas de Aracaju e isso está a gerar congestionamento? Obra em si, aliás, que não é criticada nem pelos que sonham em ser prefeito no lugar de Edvaldo. Mas congestionamentos óbvios em qualquer rua ou avenida onde existe um grande fluxo de veículos e passe por obras colocam a Beira Mar no foco ranzinza rotineiramente? Eis o melhor que a oposição consegue fazer para desgastar Edvaldo?
Argumentam que o prefeito poderia executar a obra à noite e, assim, evitar os transtornos. Por sua vez, Edvaldo explica que isso elevaria o preço da obra.
Óbvio que, no turno da noite, o número de veículos transitando naquela via é bem menor. Nem se compara. Não sei se a mudança de horário geraria barulho a incomodar quem reside ali justamente no momento do sono sagrado, mas que a questão do trânsito seria resolvida não há dúvida. Entretanto, o bom senso jamais vai de encontro a um gestor que argumenta estar zelando pelo dinheiro público – sobretudo em época de escassez de verbas.
Ou seja, temos um “duelo”: economia x trânsito mais rápido. A pergunta óbvia emerge: algum condutor vai morrer neste curto espaço de tempo de execução da obra? Portanto, é vacilo da oposição pegar no pé do prefeito.
Vou além: soa delírio imaginar que, em outubro de 2020, o eleitor vai decidir o voto para prefeito de Aracaju por conta de um congestionamento que enfrentou. Inteligência não vende em farmácia…
Aliás, já que entramos na esfera política, alguém tem dúvida que, caso o prefeito Edvaldo Nogueira tivesse optado pelo turno da noite, os mesmos críticos estariam batendo em seu fígado por pagar mais caro pela mesma obra?
A questão parece de praxe na disputa pelo poder: a “necessidade” de desgastar o gestor para ocupar o seu lugar. Mas se Edvaldo apanha por realizar uma obra importante – e, certamente, apanharia se não a fizesse também – há, de fato, a crítica verdadeira e necessária para elevar o nível da gestão ou falta a oposição habilidade para enxergar os verdadeiros erros do adversário, e nesta deficiência mete os pés pelas mãos? Edvaldo tem a oposição que todo gestor pediu a Deus. Eis a melhor resposta.