O senador Eduardo Amorim (PSC) utilizou a tribuna do Senado Federal para lamentar o descaso do governo de Sergipe com funcionários públicos. Para o parlamentar, os servidores não tiveram o que comemorar no Dia do Trabalho. Eduardo apontou que, além de os salários terem sido pagos com atraso, foram depositados em duas parcelas, o que revoltou a categoria.
O senador relatou que antigamente, os servidores tinham o calendário anual de pagamento. “Hoje, quem trabalha para o Estado de Sergipe não pode sequer fazer uma prestação, porque não sabe quando terá dinheiro para honrar seus compromissos”, disse.
Segundo o líder do PSC no Senado, a situação do servidor público sergipano é tão grave que, após uma Assembleia Geral Extraordinária para tratar sobre o Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos, o Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Público, decidiu paralisar as atividades por dois dias na semana passada.
“O descaso começa quando eles anunciam que pagarão aposentados e pensionistas, além de funcionários lotados em autarquias e fundações da área da Saúde por último”, mostrou o senador ao dizer ainda que “é inconcebível, uma falta de respeito sem precedentes na história sergipana”.
“Sabemos que um choque de gestão e a redução séria dos gastos públicos ajudariam e muito a tirar o estado desse caos em que nos encontramos. O Tribunal de Contas condenou os gastos excessivos com propaganda, muitas delas enganosas, que tratavam apenas do início de obras, sem nenhuma finalização e recomendou que o governo do estado investisse mais em educação e remunerasse justamente os servidores do estado”, discursou Eduardo.
Para o senador, os problemas nessa área acontecem devido o governo está descumprindo a implementação do Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV) da categoria aprovado no ano passado, às vésperas da eleição. “O PCCV só existe no papel”, disse Eduardo.
O senador afirmou que “o estado mente sobre queda nas receitas” ele apresentou dados do Banco do Brasil constando que Sergipe recebeu no primeiro quadrimestre do ano passado mais de R$ 1,2 bilhão em repasses federais. “No mesmo período deste ano, entretanto, houve um aumento substancial, de mais de R$ 56 milhões, considerando-se apenas o Fundo de Participação dos Estados”, disse.
Enviado pela assessoria