O senador Eduardo Amorim (PSC-SE) considerou como preocupante a situação da Previdência Social de Sergipe. Durante discurso, na noite da quarta-feira 22, ele afirmou que “vem gerando um imenso déficit aos cofres públicos”. No âmbito desse assunto, ele afirmou que apesar de os funcionários públicos estaduais contribuírem com uma das mais altas alíquotas de todo o país, as contas não fecham.
Sobre o caos nas finanças do Estado o senador afirmou que “fui intitulado de pessimista e afirmavam que as contas públicas estavam extremamente positivas e não é o que observamos agora”. Segundo Eduardo, o problema chegou a um ponto tão grave, que em outubro do ano passado, o governo não tinha recursos para honrar o pagamento dos salários dos servidores públicos ativos e inativos.
“Uma demonstração inequívoca da falta de responsabilidade e de zelo com o erário público sergipano”, afirmou Eduardo. Ele disse ainda que o governo precisou realizar uma operação de crédito com o Banco do Brasil, a fim de antecipar a receita de royalties junto a Petrobras. “Isso rendeu para o Estado o montante de R$ 337 milhões aos cofres públicos”.
O parlamentar ao detalhar o estudo financeiro das contas públicas do governo do Estado, comunicou que “os recursos conseguidos com a antecipação dos royalties só serão suficientes até este mês”. Ele avisou que o problema “foi apenas parcialmente resolvido e não corrigido”.
Empréstimos
O líder do PSC no Senado reafirmou em discurso que o atual governo, entre 2008 e 2014, solicitou empréstimos na ordem de R$ 4 bilhões. Ele considerou o fato como “preocupante”. Segundo ele, o governo vive o presente utilizando recursos que serão cobrados no futuro. “Restará no futuro às dívidas de gestores descompromissados com o nosso povo, com a nossa gente”, disse.
Para o senador, o governo herda de si próprio um cenário de caos e irresponsabilidade que atinge fortemente a família sergipana, consequentemente, diversos e valorosos servidores públicos. “Embora o governo alegue que o problema previdenciário surgiu devido a um alto número de contratações na década de 80, esquece-se de esclarecer que o déficit da previdência do Estado surgiu e teve um salto grandioso no período de 2008 a 2013”, informou.
Ao apontar números da situação financeira do Estado, Eduardo disse que em 2013 o governo precisou retirar a quantia de R$ 606 milhões dos cofres públicos para pagar salários devido ao déficit da previdência. “Mesmo com esse contraditório, Sergipe é o Estado da Federação que possui a quarta maior alíquota de contribuição previdenciária por parte do servidor, 13%, segundo dados obtidos no Anuário Estatístico da Previdência Social 2013”, disse.
O senador Eduardo disse ainda que Sergipe merece uma gestão “responsável e comprometida com o maior patrimônio, que é o povo sergipano”.