Por Joedson Telles
Sempre evito mergulhar fundo em informações não confirmadas pelas partes envolvidas, antes de jogá-las para o internauta. O chamado off já destruiu reputação e credibilidade no atacado. Prudência e equilíbrio são vocábulos acossados neste espaço. Todavia, a cada dia parece que, salvo uma tragédia, de novo mesmo, a oposição só terá para passar à sociedade, quando resolver abrir a boca sobre 2018, se vai ou não contar com o senador Valadares e se terá ou não o reforço de algum governista. O desenho: o líder de Temer, André Moura, construindo uma pré-candidatura ao Senado Federal e o senador tucano Eduardo Amorim “se contentando” em ser pré-candidato ao Governo do Estado.
Bingo? Nada. Aqui o foco é outro. Repasso apenas ao internauta o que não sai da boca de inúmeros políticos sergipanos. Sem falar nos aliados sem expressão que ficam na torcida já sonhando em mamar de alguma forma. Estes conversam…
Os atores não disseram (ainda?) isso publicamente. Mas o senador Eduardo Amorim deu a deixa quando, impaciente, falou numa chapa com ele para o governo e Valadares Filho para vice. Na época, a insegurança de André frente a uma disputa majoritária (a rejeição disputa com a torcida do Flamengo) e a indecisão do PSB, entretanto, adiaram os planos do tucano.
Mas o fato é que André pré-candidato ao Senado e Eduardo ao governo estão longe de serem informações fantasmas, como os cargos comissionados da gestão João Alves na Prefeitura de Aracaju. Várias lideranças políticas de todo o estado já foram e estão sendo sondadas sobre a possibilidade de dar apoio ao projeto – e deixam escapar a informação que apenas repasso neste instante.
O fortalecimento político de André por conta da sua ligação com o presidente Michel Temer, o que tem gerado recursos e promessas de recursos para os municípios sergipanos, facilita o entendimento. Evidente que muita gente, até a eleição, pode trair e, certamente, trairá André. É da política. Porém, há também os fieis aliados, que abraçaram os planos dele de pronto e não soltam mais.
Por sua vez, Eduardo Amorim, acompanhou, sem mover uma palha, sua opção pela reeleição ser minada. À medida que André crescia, ele era atado à única opção lhe restou: disputar o Governo do Estado.
Aí eu indago: e não era isso mesmo que Eduardo queria? Eu mesmo respondo: sim e não. Eduardo, evidente, por óbvios motivos quer disputar o governo. Mas, a depender das circunstâncias, evidente que gostaria de ter o projeto de reeleição como válvula de escape. Uma dobradinha com o senador Valadares, que é pré-candidato a reeleição, ao que tudo indica. Como sempre digo, político detesta ficar sem mandato, e só arisca quando não tem jeito.
A propósito, o publicitário Carlos Cauê já cuida do conteúdo adversário, e Eduardo que se cuide para não protagonizar um “vale a pena ver de novo”…
P.S. Com a real possibilidade de André levar a fundo o projeto Senado, outra informação que circula com força entre os políticos, e que também repasso aqui, é uma aliança “branca” entre ele e o governador Jackson Barreto, que nega veementemente. André também não confirma, mas sabe que especulam que ele e Jackson se arrumariam e Valadares que se virasse. Se verdade ou não só o tempo dirá.
