Senador nega manobra para impedir aprovação de empréstimo
Por Joedson Telles
Na noite desta segunda-feira 2, por telefone, o senador Eduardo Amorim (PSC) ratificou que o deputado estadual Francisco Gualberto (PT) mente , quando o acusa de ter feito uma manobra para impedir o empréstimo de R$ 66 milhões solicitado pelo Governo do Estado para contrapartida dos recursos do Proinveste para realizar obras do PAC da Mobilidade. “Eu me referir a acusação de que fiz uma manobra. Não fiz. Eu disse que não era verdade. As palavras dele foram verdadeiras? Pergunte com quantos parlamentares conversei sobre isso? Disse que já tinha pactuado com Déda. Ele mesmo está se contradizendo. Se ele não disse assim tem que fiscalizar sua assessoria”, disse o senador referindo-se não apenas a uma matéria postada no site da Assembleia Legislativa, mas também a cópias do texto enviadas à imprensa pela assessoria de Gualberto.
Eduardo Amorim disse ainda que o deputado Francisco Gualberto, como ex-sindicalista, deveria ter mais coerência com sua história política. “Sábado, por onde passei vi o povo na fila dos caixas do Banese. Gualberto deveria estar preocupado com isso. Há quanto anos isso não acontece em Sergipe? Quem vai pagar as multas desse pessoal? Ele não está preocupado com o salário do servidor? Por que não pede para diminuir o número de cargos comissionados? De secretarias, que Sergipe tem mais que São Paulo?”, questiona.
Sobre a declaração de Gualberto que ele, Eduardo, “há alguns meses já se sentia na cadeira de governador. Mas acontece que ainda estamos a mais de um ano da eleição. Muita coisa vai acontecer ainda”, Eduardo desafiou o petista a provar que ele tenha anunciado candidatura ao governo do Estado. “Nunca disse a ninguém que era candidato. Nem a ele e nem a ninguém. Eu acho que é coisa da cabeça dele, com certeza. E outra coisa: ninguém em sã juízo senta numa cadeira que não existe. A cadeira está ocupada, hoje.”
De acordo com Eduardo Amorim, o deputado Gualberto carece de humildade para refletir antes de sair agredindo as pessoas. O senador, a propósito, avalia que esta postura de Gualberto é uma estratégia para desviar o foco dos problemas do governo do PT. “As nossas atitudes têm que ser coerentes. Ele não defende mais o servidor público? A coerência? O Estado nunca esteve tão endividado. Nunca foi tão violento. Há anos e anos não se atrasa o salário dos servidores. Se a oposição não tivesse pedido explicações sobre as obras, a gente ia passar décadas pagando sem saber para onde o dinheiro tinha ido”, disse.