Em discurso na noite da terça-feira 27, no Senado Federal, o senador Eduardo Amorim (PSC) se disse “completamente estarrecido” com as revelações publicadas pela revista IstoÉ sobre o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, preso pela Operação Lava Jato da Polícia Federal.
De acordo com a revista, disse o senador, Paulo Roberto Costa planejava prometer a construção de quatro pequenas refinarias no Espírito Santo, Alagoas, Sergipe e Ceará, que nunca sairiam do papel, para captar milhões de reais apenas com promessas. Ainda segundo a revista, ele chegou a fechar acordos com representantes dos governos desses quatro estados.
No caso de Sergipe, Eduardo Amorim recordou que, em abril, em audiência pública realizada pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), e pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle, com a presença da presidente da Petrobras, Graça Foster, para discutir a Refinaria de Pasadena, perguntou sobre a refinaria a ser instalada em Sergipe, conforme memorando de entendimento com o Governador de Sergipe, Jackson Barreto, assinado no dia 13 de janeiro.
“Imagine, qual não foi minha surpresa quando a Presidente Graça Foster afirmou, com toda a segurança que lhe é peculiar, que a Petrobras jamais havia considerado tal hipótese. E esta semana, pouco mais de um mês após a audiência pública, a revista IstoÉ traz uma matéria intitulada – abre aspas – “O golpe das refinarias do Dr. Costa” — lamentou o senador.
Eduardo Amorim acrescentou que por meio da Operação Lava Jato da Polícia Federal, descobriu-se que se tratava de um enorme esquema de corrupção, e o que se viu foi uma grande encenação. Ele espera que fatos como esses não se repitam. “Nós, sergipanos e brasileiros, não suportamos mais tanta falta de respeito, tanta desonestidade e tanta corrupção”, afirmou.