“Se ele não cobrar, o que dizia antes era só da boca para fora”, avalia o senador
Por Joedson Telles
Ao comentar o pronunciamento do deputado estadual Francisco Gualberto (PT), que o comparou ao ex-imperador romano Nero, o senador Eduardo Amorim (PSC), em tom de poucos amigos, retrucou que quem toca fogo em Sergipe é quem não gosta de servidor público. “É essa gente que não gosta do servidor. Gualberto passou a vida inteira pregando que defendia trabalhador, mas hoje, simplesmente, esqueceu o trabalhador”, disse o senador para em seguida lançar o desafio. “Por que ele não usa a tribuna para cobrar ao governo que conceda aumento ao servidor público, que só este governo não deu? Se ele não cobrar, o que dizia antes era só da boca para fora. Ele deve estar envergonhado por fazer parte de um governo que não gosta do servidor público.”
Sobre o tema que provocou o pronunciamento do deputado petista, na manhã da terça-feira 18, na tribuna da Assembleia Legislativa, o Projeto de Lei do Poder Executivo para obter o aval dos deputados para contrair um empréstimo (ProRedes), o senador Eduardo Amorim sugeriu ao Governo do Estado, ao invés de buscar o empréstimo, utilizar um dinheiro que assegura está numa conta oriundo do Ministério da Saúde.
“Foram duas emendas para a construção do Hospital do Câncer. Perderam uma, mas ainda há R$ 40 milhões. Dinheiro do povo pobre, que não pode ter convênio neste país. Por que não utiliza este dinheiro de graça, sem juros? Preferem como no Proinveste com juros. Serão R$ 2 milhões de juros somente com a terraplanagem. É um governo insensível. Não tem pena do pobre. Um governo que não valoriza a vida. Tem que ter responsabilidade. Por que este governo gosta tanto de banqueiro? Pregaram o contrário. Falavam das oligarquias, aristocracia… mas esqueceram tudo isso. Por que Gualberto não usa a tribuna para defender o servidor público? Vem falar de mim, enquanto estou trabalhando. É só olhar no meu site e ver o meu trabalho. Presto contas à sociedade”, disse Eduardo.