O senador Eduardo Amorim (PSC) utilizou o Plenário do Senado, na tarde da terça-feira, dia 1º, para destacar a luta dos pacientes renais e transplantados no Brasil. A doença renal crônica atinge 10% da população mundial e afeta pessoas de todas as idades e raças. Segundo o senador, em Sergipe, por exemplo, não se faz um transplante sequer há, pelo menos seis anos.
“Entre os meses de maio e junho de 2013, mais de 40 pessoas morreram à espera de um transplante de rim, segundo a Associação dos Renais Crônicos e Transplantados do Estado de Sergipe”, informou o parlamentar.
No mês passado, o senador sergipano, a senadora Ana Amélia (PP-RS), o presidente da Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante (ABCDT), Paulo Luconi e o presidente da Federação Nacional de Pacientes e Transplantados do Brasil, Renato Padilha, estiveram com o ministro da Saúde, Marcelo Castro, para ampliar o debate e buscar soluções no tocante aos problemas enfrentados pelo renais crônicos.
Uma das dificuldades apresentadas é a defasagem dos repasses do Sistema Único de Saúde (SUS) para clínicas de hemodiálise. “As clínicas acabam fechando e se descredenciam; já o número de pacientes só aumenta, criando um colapso no sistema do atendimento”, explicou o parlamentar ao comunicar que atualmente são 110 mil pacientes renais no país.
Para o vice-presidente da Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante (ABCDT), Paulo Luconi, a situação é caótica. “Nos últimos anos o dólar aumentou, a água aumentou, a energia elétrica teve um aumento de 60% e o Ministério continua repassando o valor defasado de R$ 179 pela sessão de diálise, quando o necessário seria acima de R$ 260”, explicou sem conceder esperança ao setor.
Dia Mundial do Rim
A audiência com o ministro resultou na realização de uma Sessão Solene, no Plenário do Senado, no dia 10 de março, que é o “Dia Mundial do Rim”. “Juntos tentaremos encontrar soluções, pois é inadmissível que mais vidas sejam perdidas”, disse Eduardo.
Enviado pela assessoria