O senador Eduardo Amorim (PSC-SE) utilizou a tribuna do Senado para reprovar as medidas de ajuste econômico apresentadas pelo governo federal. Segundo ele, “são em verdade, um pacote de maldades contra o povo brasileiro que não tem nenhuma responsabilidade sobre os desmandos e a inabilidade administrativa”.5O parlamentar relatou as medidas apresentadas, como por exemplo, o adiamento do reajuste de salário do funcionalismo de janeiro para agosto de 2016. “O que podemos observar nessa medida de cortes, que o ministro Levy, chamou de cortar a carne, representa apenas 39%”, explicou Eduardo. Ele disse ainda que “a maior parte do dinheiro, 60%, virá mesmo de aumento de receitas”.
Segundo ele, R$ 40,2 bilhões, graças à redução de benefícios, ao aumento de impostos e à volta da CPMF. “Dois terços do pacote vêm de expectativa de receita e, apenas, 1/3 de corte de despesas”, disse. Eduardo firmou que os brasileiros têm a maior carga tributária do planeta e os piores serviços.
CPMF
O senador criticou o retorno da CPMF e classificou como “velho e malfadado”. Para ele, “o governo espera arrecadar só em 2016, R$ 35 bilhões com a CPMF e não pretende dividir nada com estados e municípios, portanto toda a arrecadação deverá ficar com o governo federal”.
“As medidas ontem anunciadas pelo governo, à exceção dos banqueiros, foram mal acolhidas por todos os setores da sociedade brasileira. A sensação que tenho é a de que estamos caminhando rumo ao fundo do poço”, lamentou Eduardo.