Eduardo diz que Gualberto falta com a verdade, quando afirma que ele tentou barrar empréstimo
Por Joedson Telles
Procurado pelo Blog do Joedson Telles, na noite desta quarta-feira 28, por telefone, o senador Eduardo Amorim (PSC) ficou surpreso com as declarações do deputado estadual Francisco Gualberto (PT), que afirmou que ele, Eduardo, “tentou nova manobra para impedir empréstimo de R$ 66 milhões”. O empréstimo foi aprovado, no final da manhã de hoje, (veja matéria nesta página) como contra-partida para obras do Programa de Infraestrutura de Transporte e Mobilidade Urbana (Pró-Transporte), que sairá do papel com dinheiro oriundo do Proinveste.
“É mentira dele. Este empréstimo foi pactuado com o governador (licenciado) Marcelo Déda, quando ele sancionou os projetos do Proinveste no auditório da Codise (no dia 13 de maio). Que coisa feia. Deveria fazer uma política decente. Se você pegar as imagens daquela solenidade, tem um momento em que Déda conversa comigo. Baixa a cabeça e sabe o que ele diz ali: ‘Eduardo, depois disso a gente tem um outro convenio. Um empréstimo. Lembra que eu falei com você?’. Eu disse é verdade governador. Que coisa feia, não é? Estas pessoas precisam parar com isso. Precisam falar a verdade”, insistiu Eduardo.
De acordo com o senador Eduardo Amorim, ao invés de agredir e faltar com a verdade, o deputado Gualberto deveria estar preocupado com o Estado. “Olhe o limite prudencial, os gastos com pessoal, incluindo cargos comissionados, você vai ver que muitas vezes, o servidor não recebe reajuste porque tem cargos comissionados demais. Aí entra na Lei de Responsabilidade Fiscal. É matéria do jornal O Globo: Sergipe está entre os cinco estados que ultrapassam a LRF, o limite prudencial. É são cargos comissionados excessivamente. Por que não enxugam? Por que não fazem o que a vida inteira pregaram? Por que não pensam no trabalhador que não teve nem aquilo que a inflação corroeu? São incoerentes com o que pregaram a vida toda”, disse.
Hoje à tarde, o deputado estadual Zeca da Silva (PSC), vice-presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa, explicou ao site Universo Político.com que comandou os trabalhos na CCJ e o problema foi a ausência da relação de obras que o Governo do Estado havia esquecido de anexar à mensagem dos Projetos de Lei do Poder Executivo que chegaram à Assembleia. Feito isso, o parlamentar apresentou uma emenda e a matéria foi aprovada sem maiores problemas. “Vai dar mais um cheque em branco com tantas dívidas? Mas foi autorizado, não foi? O governo gosta de cheque em branco. E Gualberto deveria estar preocupado com isso, e não comigo”, finalizou.