Por Joedson Telles
Jamais haverá explicação para uma pessoa sacar uma arma e matar outra. Até a chamada legitima defesa, muitas vezes, é questionada. Inclusive porque, em muitos casos, não passa de uma desculpa fria para o delinquente não ser punido. Entretanto, chama a atenção dos mais atilados o fato de, em determinados casos, a pessoa que comete o delito sequer saber explicar a motivação.
Assaltar? Reagir a um assalto? Se vingar? Matar primeiro depois que sofreu ameaça de morte? A já citada legítima defesa? As justificativas que não justificam podem assumir várias faces. Às vezes, contudo, o delituoso não se acha em nenhuma. Ainda que acossado pela polícia não consegue explicar o que o levou a tocar numa vida, afrontando mais que as leis deste mundo, a lei de Deus.
É difícil enxergar, e, sobretudo, admitir, mas em proporções aritméticas a esmagadora maioria das pessoas age da mesma forma que os assassinos. Não no sentido criminoso. Mas na forma de, sem motivo algum, prejudicar de alguma forma o próximo. Uma mentirinha aqui outra ali, a inveja, o despeito, um ‘não’ desnecessário, uma palavra mal empregada são exemplos de como a sociedade anda no automático sem perceber. Evidente que o stress do dia a dia contribui muito para esta ação “inconsciente”. Mas isso não evita que seja nociva à vida de amor ao próximo ensinada por Jesus. E, óbvio, os que agem assim têm a mente tomada pelo satanás e, no devido tempo, serão julgados. O mal nunca vem de Deus.
A propósito, o que o mestre Jesus diz aos autores dos grandes e pequenos delitos? Aos que se permitem, conscientemente ou não, serem usados pelo satanás? Há salvação para essa gente? Só arrependimento basta? À luz da Bíblia, creio que Jesus resolveria o problema usando pouquíssimas palavras: “nascer de novo”. Isso mesmo. Deletar a própria vida e voltar à estaca zero. “Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (João 3:3).
Antes que o internauta tenha tempo de se perguntar como isso é possível, lembro que o interlocutor teve a mesma curiosidade frente ao mestre. “Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer? Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito (João 3:4-6).
“Pronto. Agora complicou mesmo. Nascido da carne e do Espírito?”, indagam, não sem razão, alguns internautas neste momento. Vamos lá. A carne reúne tudo que este mundo oferece. A pessoa sente prazer momentâneo e, por isso, abraça o oferecido, ainda que a Palavra de Deus não aprove. Já o Espírito, não. O Espírito ensina sermos servos de Deus. Andarmos dentro dos ensinamentos cristãos contidos na Bíblia, ainda que isso não represente a vontade própria da pessoa, mas o sacrifício na fé. É entender que Deus sabe tudo, ama profundamente todos nós, e tudo que pensa é para o nosso bem. Com isso em mente, entende-se a importância de não satisfazer os desejos da carne, mas viver em espírito.
“Digo, porém: andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne. Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei. Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, fornicação, impureza, lascívia, Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus. Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências. Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito. Não sejamos cobiçosos de vanglórias, irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros (Gálatas 5:16-26).
Medite nestas sabias palavras, internauta, sempre orando a Deus, em nome de Jesus, para obter o discernimento a conduzi-lo à salvação eterna.
Deus no comando.