Por Paulo Victor Melo
“Por que não se fala em Manoel Bomfim?” O questionamento presente, desde meados da década de 1980, quando o falecido antropólogo Darcy Ribeiro classificou Manoel Bomfim como “o pensador mais original da América Latina”, é o título do documentário que será lançado, na próxima terça-feira, dia *23/04, às 18h, no Centro Cultural Aracaju.
A escolha da capital sergipana como primeiro local de exibição do documentário não é por acaso. Intelectual com produção em diferentes áreas – como medicina, psicologia, educação e imprensa – Manoel Bomfim nasceu em Aracaju, em 8 de agosto de 1868, e a sua obra sempre esteve conectada e influenciada pelo chão da sua terra.
No documentário, esse aspecto é confirmado pelos depoimentos de estudiosos, pesquisadores e ativistas sociais, como Terezinha Oliva, historiadora e professora emérita da Universidade Federal de Sergipe; Fernando Sá e Romero Venâncio, respectivamente professores de História e Filosofia da mesma instituição; Aglaé Fontes, integrante da Academia Sergipana de Letras e pesquisadora da cultura sergipana; e Ana Lúcia Vieira Menezes, professora e ex-deputada estadual.
Dirigido pelo cineasta argentino-brasileiro Carlos Pronzato, o documentário é construído a partir de pesquisa histórica e entrevistas com, além dos já citados, outros pesquisadores que produziram e continuam a produzir materiais sobre a obra de Bomfim, como Aluízio Alves Filho, autor do livro “Manoel Bomfim: combate ao racismo, educação popular e democracia radical”; Rebeca Gontijo, professora da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e autora do livro “Manoel Bomfim”; José Vieira da Cruz, professor e atual vice-reitor da Universidade Federal de Alagoas, e co-organizador do livro “Manoel Bomfim e a América Latina: a dialética entre o passado e o presente”; e Ricardo Sequeira Bechelli, que escreveu “Nacionalismos anti-racistas: Manoel Bomfim e Manuel Gonzalez Prada”.
Com o título não deixando dúvidas sobre o seu objetivo, o documentário busca dar visibilidade à vida e obra de um dos principais autores do pensamento social brasileiro, com teorias e ideias contrapostas ao pensamento hegemônico da sua época.
Acompanhando o documentário, haverá também no Centro Cultural Aracaju a exposição “Vida e obra de Manoel Bomfim”, produzida pela professora e ex-deputada Ana Lúcia, além de um debate com participantes do documentário.
*Serviço*
Documentário “Por que não se fala em Manoel Bomfim?”
_Quando_: 23 de abril, 18h
_Onde_: Centro Cultural Aracaju (Praça General Valadão)
*Informações e contatos para entrevistas*
Paulo Victor Melo – Assessoria de imprensa do documentário
(79) 9 9156 2343