Por Paulo Márcio
O PT vai ficar rico. O PT vai faturar um bilhão. E nem vai precisar vender as almas dos nossos pobres índios num leilão, como temia Renato Russo em “Que País é Esse?”, ou trocar silvícolas por escravos cubanos travestidos de médicos no mercado negro do socialismo. Bem mais apropriado ao momento, tanto quanto mais condizente com a dignidade da pessoa humana e o pensamento politicamente correto, tão ao gosto dos socialistas, é rever as estratégias e métodos, realizar pesquisas de mercado e desenvolver uma logística que permita sangrar, com mais eficiência e celeridade, os cofres públicos.
Eu ainda acredito – per omnia saecula saeculorum -, tal qual Márcio Thomaz Bastos e Ricardo Lewandowski, que toda a roubalheira patrocinada pelo PT teve por desiderato o financiamento de campanhas eleitorais ou formação de caixa dois. Aquilo que o eminente Delúbio Soares – “o nosso Delúbio”, nas palavras do invulgar e paternalista Luiz Inácio da Silva, também conhecido como o Lincoln de Garanhuns – poeticamente batizou de “recursos não contabilizados”. Cuida-te, Olavo Bilac! Teus dias de Príncipe dos Poetas estão contados, ou melhor, contabilizados.
Na era do pós-mensalão, um dia após o grandiloquente e apocalíptico voto do ministro Celso de Mello admitindo os embargos infringentes, eis que o noticiário traz à baila a informação de que a polícia federal, por meio da Operação Miqueias, cumpriu diversos mandados de prisão com o objetivo de desarticular duas organizações criminosas acusadas de lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta de recursos de entidades previdenciárias públicas municipais, os fundos de pensão.
A polícia federal descobriu que empresas de fachada atraíam prefeitos e gestores para investir os recursos em fundos de investimento com papeis pouco atrativos, os chamados “papéis podres”. O dinheiro circulava entre diversas contas e depois era sacado pelos beneficiados, chegando a R$ 300 milhões o montante desviado.
Na linha de frente do esquema criminoso, funcionando como aliciador dos prefeitos e gestores municipais, o petista Idaílson José Vilas Boas Macedo, assessor especial da ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, Ideli Salvati (PT).
Idaílson José Vilas Boas Macedo é filiado ao PT de Goiás e trabalhava no Planalto havia cerca de um ano e meio. Assim, das duas, uma: ou ele é um prodígio na arte das malandragens, para ter aprendido tanto em tão pouco, ou já possuía expertise em negócios escusos, conhecimento que teria lhe carimbado o passaporte para a paradisíaca e hospitaleira Brasília, a Meca da sem-vergonhice, onde Lula é o Deus e Dirceu, o Seu Profeta, ao passo que Dilma é apenas uma atabalhoada sacerdotisa.
Monoteísmo farisaico à parte, o lavador de dinheiro e aliciador Idaílson Vilas Boas é de fato um petista de quatro costados. Não fossem a polícia federal e suas inconvenientes algemas, um dia seria um grande ministro da República