Por Leonardo Teles
Rechaçando as críticas feitas pelo advogado Evaldo Campos, que considerou o discurso feito pelo ex-presidente Lula, ao ser solto, um estímulo à guerra política, o vice-presidente do nacional do PT, Márcio Macêdo, cobrou ao advogado comentar também declarações e fatos que envolvem o presidente Jair Bolsonaro (PSL).
“Eu não vi doutor Evaldo falar do símbolo da campanha de Bolsonaro, que era uma arma em punho à morte. Eu não vi ele se levantar quando o filho de Bolsonaro defendeu a volta do AI-5. O AI-5 é exílio, tortura, é morte, é desaparecimento político. Não vi nenhuma defesa disso. Não vi nenhuma fala aqui quando o Bolsonaro, através dos amigos dele do governo, assassinam índios e sem terras. Eu não vi na voz do doutor Evaldo quando Bolsonaro vai e tenta esconder as provas da casa 58 da conversa do porteiro. Quem estava na casa 58? Quem matou Marielle? Não vejo nenhuma voz”, questionou Márcio.
Para Márcio Macêdo, a profissão de Evaldo Campos fez com que ele se acostumasse a defender os infratores e não entender o lado das vítimas. “Eu respeito muito o doutor Evaldo e sua longevidade de atuação na advocacia. Mas é interessante como alguns (agem), e eu vou me dirigir direto a ele: é como se a vítima fosse culpada com a injustiça que foi feita com ela. Eu acho que o advogado, o uso do cachimbo faz a boca torta, como ele passou a vida toda como advogado criminalista defendendo bandido – que é a profissão, nenhuma crítica aqui – a fala dele é uma defesa dos bandidos Dallagnol e Moro que cometeram o crime contra Lula. É como aquela máxima de que o cara que comete a violência sexual culpa a mulher por estar de short ou minissaia”, disse.
Com informações da Fan FM