Juízo é de Gustinho Ribeiro reagindo às declarações do adversário político
Neste sábado, dia 17, o deputado estadual Gustinho Ribeiro, provocado a comentar uma matéria postada aqui no Universo, na qual o deputado federal Fábio Reis (MDB) coloca em xeque a ética do seu pai, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Luiz Augusto Carvalho Ribeiro, afirmou que “quando o que mais se pede pela população no Brasil é a fiscalização e acompanhamento rigoroso da administração pública, o deputado Fábio Reis, na contramão da população, surge na imprensa atacando um dos órgãos mais sérios e respeitados do nosso estado, em um claro e evidente momento de desespero”.
“Primeiro: ele afirma que a fiscalização, que tem o conselheiro Luiz Augusto Carvalho Ribeiro como responsável, é uma ‘ação eleitoreira’ porque o conselheiro é pai do deputado Gustinho Ribeiro. No mínimo, afirmar isso é uma afronta e um desrespeito a todos os conselheiros do TCE-SE por duvidar da idoneidade frente a uma instituição extremamente respeitada pelo povo sergipano e questionar uma atividade totalmente corriqueira do tribunal. Mais: como é sabido por todos, os conselheiros fazem o julgamento dos processos ligados às auditorias, que são executadas por auditores de controle externo, servidores concursados e sem nenhuma ligação política, realizando um trabalho ilibado e de notória confiança”, diz Gustinho.
Gustinho observa que foi eleito antes mesmo de o seu pai, Luiz Augusto, assumir o cargo de conselheiro no TCE. E enfatiza que sua carreira política foi e está sendo construída de forma totalmente independente do pai. “Diferentemente do deputado Fábio Reis, que ainda hoje necessita que seu pai, Jerônimo Reis, ou seu irmão, Sérgio Reis, responda por seus atos, em entrevistas ou em qualquer situação. Dessa forma, só se pode concluir que fica claro o desespero do deputado Fábio Reis quando ele tenta vincular a ação de auditoria do Tribunal de Contas à pessoa do deputado Gustinho Ribeiro, uma afirmação leviana e muito grave no que diz respeito à atuação do TCE”.
Segundo Gustiho , Fábio Reis mostra total desconhecimento do funcionamento do TCE quando afirma que é um órgão auxiliar da Assembleia Legislativa, querendo emprestar um sentido de subalternidade hierárquica dos Tribunais de Contas do Brasil às Casas Legislativas. “O que não ocorre, já que as Assembleias Legislativas dispõem de instrumentos diferentes de controle, como as CPIs, por exemplo. Na verdade, com uma simples leitura da Constituição Federal, o que, infelizmente, como parlamentar, percebe-se que ele não faz, Fábio Reis entenderá que o controle externo é exercido com o auxílio do Tribunal de Contas, a quem compete a realização de inspeções e auditorias”, disse.
Indo mais além, Gustinho observa que colocar em xeque o trabalho do Tribunal de Contas de Sergipe é uma forma de intimidar a atuação de fiscalização e auditoria dos órgãos públicos. “Mas isso não terá efeito, pois a população e os conselheiros não aprovam esse tipo de comportamento político, arcaico, coronelista e tirano. Esse tempo já passou. Queremos construir uma sociedade democrática e transparente, diferente do que pensa o deputado Fábio Reis, que, durante o seu mandato, votou contra o povo, massacrando nossos trabalhadores e sendo conivente com a falta de investigação daqueles que cometem atos ilícitos”, diz Gustinho.
Por fim, o deputado salienta que ao dizer que está ao lado do Governo do Estado e questionar a ação do TCE, Fábio Reis promove mais uma piada de mau gosto. “Quando mais o governador Jackson Barreto precisou de sua atuação na Câmara Federal, o deputado Fábio Reis traiu sua confiança ao votar contra os trabalhadores de forma tão vergonhosa. A boa atuação parlamentar se faz defendendo os interesses da população”, afirma.
De acordo com Gustinho, existe a desconfiança que toda essa preocupação do deputado Fábio Reis com qualquer tipo de fiscalização, seja pelo TCE, pelo Ministério Público ou Ministério Público Federal, em relação à área da saúde seja simplesmente o medo de que elas cheguem ao hospital no município de Lagarto que é ligado à sua família e recebe recursos públicos, inclusive emendas parlamentares.
“Além do mais, para desconstruir a tese tresloucada do deputado Fábio Reis, a própria Fundação Estadual de Saúde, a Funesa, em que o parlamentar afirma que é dirigida por indicação do partido de Gustinho, foi notificada pelo TCE-SE a apresentar documentação para a auditoria, comprovando de uma vez por todas que a fiscalização é imparcial, transparente, não tem relação política com ninguém e faz parte da rotina do Tribunal de Contas. Espera-se que o Tribunal de Contas sergipano, que teve as suas prerrogativas institucionais colocadas em xeque, busque os caminhos legais para responsabilizar o deputado pelas declarações equivocadas, desprovidas de racionalidade, além de levianas”, finaliza.
Do Universo, com informações da assessoria do deputado.