Por Aldaci de Souza
Hoje, Marcelo Déda Chagas (PT) estaria completando 60 anos de idade. Na sessão desta quarta-feira, dia 11, na Assembleia Legislativa, foi lido requerimento de autoria do deputado Ibraim Monteiro (PSC), dando congratulações à família do ex-governador de Sergipe, pelo transcurso do seu aniversário. Na oportunidade, parlamentares afirmaram que comemorar a data é dar continuidade ao legado de Déda.
O deputado Iran Barbosa (PT) destacou que Marcelo Déda deixou um legado importante, não só na política, mas no jeito de tratar com os partidos aliados. E no jeito de tratar com as pessoas que lhe cercavam em torno do debate político.
“Comemorar o aniversário de Déda é primeiro lamentar a sua ausência entre nós; Sergipe e o Brasil sentem falta de uma liderança política como foi Déda e depois de lamentar essa ausência é dizer que nós estamos aqui para dar continuidade à muito do que ele defendeu em ternos de gestão em participação popular; em termos de parlamento com visão humanística, enfim, nossa tarefa é dar continuidade a todo esse legado”, acredita.
Começo de tudo
Iran lembrou que Marcelo Déda começou a se destacar como liderança do movimento estudantil na Universidade Federal de Sergipe (UFS), juntando pessoas para discutir questões candentes na época, a exemplo da efervescência do período de transição da ditadura para a democracia.
“E ele vai se consolidando como uma grande liderança partidária, ajuda a fortalecer o Partido dos Trabalhadores em Sergipe e depois vai se consolidando não apenas como advogado, mas como uma liderança política que se destacou. Primeiro como parlamentar, dando uma grande contribuição aqui na Assembleia Legislativa, depois como deputado federal, como prefeito e como governador onde pôde mostrar que é possível implementar uma política mais avançada à frente do Poder Executivo”, destaca.
Retrospectiva
O deputado Francisco Gualberto (PT) fez uma retrospectiva quanto aos anos em que conviveram na política. “Eu comecei atuar no Partido dos Trabalhadores em 1981 e Marcelo Déda já estava, antes mesmo de ter qualquer mandato, de ser deputado estadual, federal, prefeito e governador. Já se notava o seu brilhantismo, a sua capacidade de formulação, o seu conteúdo muito aprofundado de qualquer assunto ou tema que se imaginasse, demonstrando que teria um brilhante futuro ou na política ou como advogado”, enfatiza.
Gualberto informou que Marcelo Déda foi estagiário do Sindicato dos Químicos de Sergipe (Sindiquímico). “Eu era da direção na ocasião junto com Rômulo Rodrigues, Edmilson Araújo, Antônio da Cruz e ali ele já demonstrava qual era a linha que queria seguir, mesmo como advogado, que era a linha da classe trabalhadora, da população mais carente. Ele tinha uma visão de um estado com finalidade social e até da sua profissão acadêmica, que servisse aos que mais precisassem”, relembra.
O deputado acrescentou que Marcelo Déda era um homem de talento singular e que mesmo quem não tivesse muita aproximação com ele, mas tivesse o bom senso de conhecer valores, se sentiria feliz em poder conviver com ele.
“Eu tive essa oportunidade e depois a felicidade de ser líder de dois governos dele. Déda era um talento tão perceptível que a passagem no Congresso Nacional como deputado federal notabilizou ele para o Brasil inteiro; redes nacionais de televisão o colocavam em destaque, portanto qualquer homenagem que pode se fazer a Marcelo Déda, pode ser traduzida como a uma das mais importantes figuras públicas de Sergipe e do Brasil”, enfatiza.
“Marcelo Déda nasceu no dia 11 de março de 1960 e eu sou do dia 20 de março de 1960. E sempre recordo com gratidão, de tudo o que ele fez na vida pública em Sergipe”, complementa o deputado Dilson de Agripino (CIDADANIA).
O ex-governador de Sergipe morreu no dia 02 de dezembro de 2013, em São Paulo, vítima de um câncer.
Da Rede Alese