O deputado federal Fábio Reis (MDB) está colocando em xeque a ética do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (TCE/SE) Luiz Augusto Carvalho Ribeiro. Ao tomar conhecimento que o TCE, tendo Luiz Augusto à frente, está, por meio da 3ª Coordenadoria de Controle e Inspeção (CCI), realizando uma auditoria ordinária em toda rede pública de saúde de Sergipe, Fábio prometeu averiguar o que para ele pode ser “uma ação eleitoreira do conselheiro que quer eleger o filho deputado federal”. Leia-se: o deputado estadual Gustinho Ribeiro, pré-candidato a deputado federal.
Ciente que o TCE requererá documentos referentes à saúde (contratos, licitações e folha de pessoal) tanto ao governador quanto aos prefeitos, Fábio Reis anunciou que está solicitando à deputada estadual Goretti Reis (MDB), que é sua tia, que requeira junto ao próprio TCE, a indicação – por parte dela – de um técnico da Assembleia Legislativa para acompanhar a auditoria de perto.
Fábio Reis pontuou que estranha a auditoria uma vez que o conselheiro Luiz Alberto tem acesso integral aos contratos, nomeações e toda a documentação legal que é encaminhada pela Secretaria de Saúde para o TCE.
“Estranhamos essa medida anunciada de forma espalhafatosa pelo conselheiro, que tem legitimidade, mas, nesse momento, mostra agir de uma forma mais política, eleitoral, do que técnica, para tentar intimidar o governo. Vou estar do lado do governo para impedir qualquer tipo de chantagem ou até mesmo que ceda a qualquer tipo de pressão política que parta do pai do deputado Gustinho Ribeiro”, prometeu.
O deputado ainda deixou no ar um suposto esquema contra o secretário de Estado da Saúde, José Almeida Lima. “Não quero crer que essa auditoria seja utilizada como instrumento de chantagem contra o governo e o secretário de Saúde, Almeida Lima, por não estar permitindo o uso eleitoreiro da Funesa (que é dirigida por um indicado de Gustinho Ribeiro) para beneficiar o filho-político”, disse.
Por fim, o deputado teve o cuidado de enfatizar que o Tribunal de Contas de Sergipe tem conselheiros extremamente íntegros. Entretanto, entende ser preciso preservar a confiança social na corte de contas. “Uma auditoria desse porte, em ano eleitoral e sendo o filho do conselheiro que instala a auditoria, deveria ser conjunta de toda a corte. Com técnicos de todas as CCIs”, sugere.
Do Universo, com informações da assessoria do deputado