Nesta terça-feira 11, o deputado Gilson Andrade (PTC) lamentou o que considera um abandono das escolas estaduais nos municípios de Arauá, Tomar do Geru, Cristinápolis, Pedrinhas e Indiaroba. O deputado visitou os colégios durante o recesso parlamentar, e atestou in logo vários problemas – inclusive falta de professores. “Sou oriundo da escola pública, e estudei até a 4ª serie com a minha mãe. Quando passei para o 5º ano, fui estudar em Itabaiana no Colégio Murilo Braga, que naquela época era referência não só para aquele município, mas também para toda a região”, comparou.
Segundo Gilson, diferente de hoje, naquela época, mesmo alunos cujos pais tinham condições financeiras para pagar escolas privadas estudavam no Murilo Braga. “Eu, filho de um trabalhar rural e de uma professora primária, estudei com filhos de advogados, médicos, comerciantes e empresários numa escola pública onde a qualidade no ensino ofertado era muito melhor que nas particulares”, assegurou.
Segundo o deputado, durante as visitas, foi possível perceber a redução de matrículas no Colégio Estadual senador Walter Franco, em Estância. Gilson também atestou que Colégio Estadual Manuel Bonfim, em Arauá, precisa de reforma. “Estive in loco e encontramos escolas imundas com o mato tomando conta. Conversei com alunos, diretores das escolas que estavam desmotivados”, disse.
De acordo com Gilson, o colégio que apresenta o maior número de demandas é o Manuel Bonfim, em Arauá. “Está com a estrutura totalmente destruída com um aspecto feio, sujo, carteiras quebradas, assim como vasos sanitários e pias… Banheiros sem porta, inclusive, o banheiro feminino sem portas. Em Cristinápolis, no Colégio Estadual Leonardo Gomes de Carvalho Leite, encontrei uma sala de informática com mais de 20 computadores, que há 5 anos nunca funcionaram e livros do ensino fundamental espalhados pelo chão, e diga-se de passagem, numa escola de ensino médio”, lamentou.
Antes de usar a tribuna da Assembleia Legislativa e expor a situação das escolas, Gilson Andrade relatou os problemas para o secretário de Estado da Educação, Jorge Carvalho – inclusive a falta de professores. “Estamos no segundo semestre do ano letivo e encontramos escolas sem professor de matemática, física, artes, espanhol e português. Qual é o pai ou mãe de família que vai colocar seu filho na escola pública sabendo que não tem professor em todas as disciplinas?”, indagou o deputado.
Por fim, o parlamentar denunciou que há colégios onde a merenda escolar não corresponde ao padrão de qualidade. “Chega de forma precária. Em outras, não tem merendeira ou as que tem são cedidas pelo município. De acordo com relato de alunos do Colégio Estadual Gumercindo Bessa, em Estância, o cardápio se restringe a suco de caju com broa, e na Escola Estadual Constâncio Vieira falta merenda constantemente”, lamentou.
Do Universo, com informações da assessoria