“Querem exigir que eu vá a uma reunião. Não tenho saúde para discutir conversa que não tem fim”
Referindo-se provavelmente ao conhecido adesivo “Déda pague o piso” e a outras manifestações do Sintese pela causa, o governador Marcelo Déda (PT) não se valeu do verbete mentira de forma seca, mas assegurou com todas as palavras que o Sintese falta com a verdade, ao ventilar que seu governo não paga o piso dos professores. “Não é verdade. Eles vão dizer isso a vida inteira. Se eu não pagasse o piso já tinham ido à Justiça, e eu era obrigado a pagar. É só pegar as revistas que mostram Sergipe como um dos melhores salários do Nordeste. Eles querem exigir que eu vá a uma reunião no sindicato. Um pouco de respeito humano, por favor. O secretario (da Educação, Belivaldo Chagas) está aberto para negociar, mas eu não tenho saúde para discutir uma conversa que não tem fim. Se o governo pudesse já tinha atendido”, assegurou.
Déda expressou seu juízo, ao ser indagado por jornalistas sobre a possibilidade de haver mais uma greve do magistério em seu governo. As palavras, obviamente, foram um recado ao Sintese. “É preciso se ter um pouco de bom senso e compreensão. No ano passado foram 70 dias de greve. Imagine os pais de famílias? As mães de famílias? Vocês (jornalistas) são testemunhas que mandei um projeto para recompor a inflação do ano passado, e o Sintese pediu para não aprovar. Não foi aprovado pela Assembleia um aumento de 6%. Está lá até hoje. O que eles pedem o Estado não tem como dar porque não tem recursos”, disse.