Por Joedson Telles
Os candidatos ao Governo do Estado – Eduardo Amorim (PSC), Jackson Barreto (PMDB) e Sônia Meire (PSOL)– participaram, na noite desta terça-feira 26, do debate realizado pela TV Cidade. Foi a primeira disputa em uma televisão nas eleições deste ano. Temas como segurança pública, educação, funcionalismo público e, sobretudo, a saúde foram os mais abordados. Eduardo culpou a atual gestão pelos problemas enfrentados pela sociedade, principalmente no tocante à prestação dos serviços. Jackson Barreto, por sua vez, argumentou que os problemas existem desde governos anteriores. Já a candidata Sônia Meire tentou convencer o telespectador que Eduardo e Jackson representam o mesmo projeto, e ela seria a mais preparada para governar o Estado.
Ao final, o senador Eduardo Amorim considerou o debate uma oportunidade para o povo de Sergipe conhecer mais os candidatos mediante a abordagem de temas importantes como a saúde. “Saúde é sofrimento, é vida, mas não é isso (preocupação) que estamos vendo no estado”, disse o senador, que durante o debate exemplificou a falta de compromisso da atual gestão com a saúde pública lembrando a não construção do Hospital do Câncer mesmo existindo recursos para o início da obra. “Dinheiro tem. Aqui e no Governo Federal, mas falta gestão”, disse Eduardo Amorim, lembrando que ele mesmo destinou emendas para a obra, mas parte do dinheiro foi devolvida por falta de projeto.
Sobre o tom do debate, Eduardo Amorim, que solicitou três direitos de repostas por conta de agressões sofridas, mas que só conseguiu dois, disse que procurou levar o debate da forma como se comporta no dia a dia. “Na minha vida pessoal, profissional e com muito equilíbrio, falando em ideias e propostas. Quando fui agredido, eu pedi direito de resposta. Deveríamos ter falado de propostas. Daquilo que o estado precisa, mas, lamentavelmente, levaram para este lado (agressão)”, lamentou, assegurando manter a mesma linha nos próximos debates. “Falar de propostas, dizer que defendo o Banese, as empresas públicas. E dizer que o servidor público merece respeito e consideração”, disse.
O candidato Jackson Barreto também gostou do debate e o achou esclarecedor, mas ponderou que poderia ter uma amplitude maior. “Lamentei profundamente essa forma de um candidato ir de encontro à liberdade de expressão. Tudo vai para a justiça. Quer ou não debater? Que democracia é essa? E nos que lutamos por isso? Quem como nós fomos para as ruas lutar pela liberdade e democracia não pode assistir a um debate com cerceamento do seu direito de expressão”, disse Jackson, salientando que tentou mostrar ao povo que o governo que só tem 10 meses está trabalhando. “Que o Estado está mostrando dinamismo, que estamos tocando as promessas do governador Marcelo Déda, e que Sergipe não pode ser entregue a mãos que não sejam capazes de conduzir este estado”, disse.