Relator da Operação Lava Jato, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, acatando uma liminar pedida pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, decidiu pelo afastamento do presidente da Câmara Federal, o deputado do PMDB do Rio de Janeiro, Eduardo Cunha. Segundo o procurador-geral, réu, o presidente da Câmara dos Deputados estava atrapalhando as investigações da Lava Jato. O deputado Waldir Maranhão (PP-MA), vice-presidente, assume a presidência.
Argumentos do procurador-geral contra Eduardo Cunha
Fez uso de requerimentos para pressionar pagamento de propina do empresário Júlio Camargo e o grupo Mitsui. Já havia casos de requerimento para pressionar dirigentes de empresas de petróleo
Estava por trás de requerimentos e convocações feitas a fim de pressionar donos do grupo Schahin com apoio do doleiro Lúcio Funaro. Depoimentos de Salim Schahin confirmam isso. Lúcio Funaro pagou parte de carros em nome da empresa C3 Produções Artísticas, que pertence à família de Cunha
Atuou para convocar a advogada Beatriz Catta Preta na CPI da Petrobras para “intimidar quem ousou contrariar seus interesses”
Atuou para contratação da empresa de espionagem Kroll pela CPI da Petrobras, “empresa de investigação financeira com atuação controvertida no Brasil”
Usou a CPI para convocação de parentes de Alberto Youssef, como forma de pressão
Abusou do poder com a finalidade de mudar a lei impedir que um delator corrija o depoimento
Mostrou que retalia quem o contraria com a demissão do diretor de informática da Câmara, Luiz Eira
Usou cargo de deputado para receber vantagens indevidas para aprovar parte de medida provisória de interesse do banco BTG
Fez “manobras espúrias” para evitar investigação na Câmara com obstrução da pauta com intuito de se beneficiar
Fez ameaças ao deputado Fausto Pinato (PRB-SP), ex-relator do processo de cassação no Conselho de Ética da Câmara
Teria voltado a reiterar ameaças a Fausto Pinato
Do Universo, com informações do G1