O prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PC do B), ficou em primeiro lugar entre os gestores de capitais do Nordeste no quesito cumprimento de promessas no primeiro ano de governo. A informação foi divulgada pelo G1, portal de notícias da Rede Globo, que realizou um levantamento sobre a atuação dos Executivos Municipais das 26 capitais do país. No ranking nacional, Edvaldo ficou em oitavo lugar, a frente de prefeitos de grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
De acordo com os dados divulgados pelo G1, o prefeito de Aracaju cumpriu, ao longo do ano, 11 promessas das 51 principais propostas de seu plano de governo registrado na Justiça Eleitoral. Deste modo, Edvaldo já honrou com 21,6% dos compromissos que firmou com os aracajuanos. Há ainda, segundo o portal de notícias, outros 11,8% de promessas que já foram cumpridas em parte. Entre as propostas ainda não efetivadas, a administração explicou à reportagem que a quase totalidade delas se encontra no Planejamento Estratégico e será realizada entre 2018 e 2020.
Na listagem do portal de notícias da Globo estão, entre as promessas cumpridas por Edvaldo, a revogação do aumento anual de 30% do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) e a regularização do pagamento dos salários dos servidores em dia, além do programa de recapeamento das avenidas da cidade e o Planejamento Estratégico das ações de governo.
Também compõem o conjunto de compromissos já concretizados a criação do Gabinete de Resolução de Crises, a implantação da Política de Promoção da Igualdade Racial, a criação da diretoria de Direitos Humanos, a presença de universitários nas escolas, a ampliação da cobertura de crianças em idade pré-escolar na rede municipal de ensino, a realização de cursos de mediação de conflitos para a Guarda Municipal e a ampliação da capacidade do centro de especialidades odontológicas.
Já entre as promessas que estão realizadas em parte aparecem a ampliação das dependências das escolas municipais, uma vez que a atual gestão retomou obras e está construindo novas unidades de ensino; a implantação de projetos de convivência nas Orlas da cidade, a exemplo da criação da Área de Proteção à Prática do Ciclismo, na Orla da Atalaia; a volta dos torneios de bairros; a reforma dos Centros de Atenção Psicossocial, e a expansão do projeto Academia da Cidade.
“2017 foi o ano da reconstrução. Encontramos a cidade numa situação muito difícil, com uma dívida de R$ 540 milhões de curto prazo, serviços paralisados, salários atrasados, enfim, um quadro bastante desolador. Mas, com foco, planejamento, criatividade e determinação, fomos enfrentando os problemas, sendo transparente com a sociedade e buscando parcerias. O resultado está colocado no levantamento do G1: revogamos o aumento extorsivo do IPTU, pagamos 15 folhas salariais, num investimento de mais de R$ 1 bilhão, estamos recapeando a cidade e realizando operação tapa-buraco com recursos próprios; retomamos obras, escolas e postos de saúde estão funcionando, a Assistência Social tem apresentado seus resultados. E isso é só o primeiro ano. No nosso Planejamento Estratégico, está tudo colocado com bastante clareza. Continuaremos trabalhando com muita firmeza e dedicação”, afirmou o prefeito.
O ranking
De acordo com o levantamento, Edvaldo já cumpriu 21,6% das promessas de campanha, o que o coloca em 1º lugar entre os prefeitos de capitais do Nordeste. Em segundo lugar aparece a gestão de Salvador, com 20,5% de promessas realizadas. Em seguida estão os prefeitos de Natal (20%), João Pessoa (18%), São Luís (16,2%), Maceió (14,2%), Terezina (12,7%), Fortaleza (11%) e Recife (com nenhuma promessa cumprida).
Entre as capitais de todo o país, Aracaju surge em 8º lugar. Antes estão Porto Alegre, cujo prefeito cumpriu 37% das promessas em seu primeiro ano de governo; Rio Branco (31,4%), Florianópolis (29%), Palmas (26,3%), Campo Grande (24%), Porto Velho (24%) e Cuiabá (22,2%). Grandes centros urbanos como São Paulo e Rio de Janeiro obtiveram índices menores do que Aracaju: na capital paulista, o índice de promessas cumpridas, segundo o G1, foi de 15%. No Rio, a porcentagem foi de 13%.