Por Joedson Telles
“Cuidado com os falsos profetas. Eles vêm a vocês vestidos de peles de ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores” – Mateus 7: 15 (NVI).
Jesus Cristo é perfeito. Sempre quer o melhor para o seu povo. Deu a própria vida, demonstrando um amor ímpar e inexplicável por suas ovelhas. Seguir os ensinamentos dele, portanto, é imprescindível para alcançarmos a felicidade; a verdadeira felicidade que está em vivermos para a glória de Deus.
Todavia, o próprio Jesus adverte que nem todos que acreditam segui-lo o seguem (Mateus 7: 21), e alerta sobre aqueles que pregam a mentira como se fosse a verdade: os falsos profetas.
Um profeta, um pregador, um líder espiritual verdadeiro tem o selo do Espírito Santo. A mensagem não é sua, mas da Bíblia, do próprio Deus. A sua preocupação está sempre em pregar a verdade, ainda que desagrade. Jamais diz algo fora do script de Deus para agradar quem escuta.
Neste contexto, qualquer pregação que não enfatize que todos nós somos pecadores e merecemos a ira e a condenação por parte de Deus é falsa. (Romanos 3: 9-11). Essa frase de efeito “você é a menina dos olhos de Deus” não é uma regra.
As Escrituras ensinam que o verdadeiro arrependimento, o abandono do pecado e a fé em Cristo Jesus ressurreto e salvador asseguram ao pecador ser filho de Deus por adoção. Nenhuma condenação repousa sobre os que estão em Cristo Jesus. Está em Romanos 8:1. Mas, em quaisquer outras circunstâncias, estaremos afastados de Deus pelo pecado e condenados. Não existe essa história de “menina dos olhos”.
Jesus ensina que o falso pregador, o lobo disfarçado de ovelha pode – e deve – ser identificado e rechaçado. “Vocês os reconhecerão por seus frutos. Pode alguém colher uvas de um espinheiro ou figos de ervas daninhas?” (Mateus 7:16).
Em outras palavras, a falsa pregação não tem amparo na Palavra de Deus. Não é a Palavra de Deus. O falso pregador lê um versículo da Bíblia isolado e o interpreta para “sustentar” seu pressuposto, sendo, portanto, infiel à verdadeira mensagem do Espírito Santo. Há também os inúmeros casos nos quais o pregador sequer recorre às Escrituras. Apenas usa suas próprias palavras para dizer o que o povo quer ouvir.
Portanto, toda pregação precisa ser analisada à luz do contexto bíblico. Se não estiver 100% como ensina a Bíblia, é preciso descartá-la de pronto.
Geralmente, os falsos profetas falam para quem vai à igreja não com o sentimento de, primeiro, adorar a Deus, e, só depois, apresentar ao Pai as suas necessidades. Pulam ou minimizam a adoração, e o falso profeta, ao invés de ensinar a verdadeira teologia bíblica, diz coisas do tipo “Deus vai resolver o seu problema”, e aproveitam este momento para pedir dinheiro.
Sonegam, por maldade ou ignorância, que o maior problema de uma pessoa não é uma relação difícil com a família, o desemprego, a fome, os vícios, as enfermidades… Devemos buscar em Deus a solução para estes e outros problemas, é óbvio. Jesus assim ensinou. Entretanto, é preciso ter em mente que o maior problema da humanidade é o pecado, pois afasta a pessoa de Deus. Fujam do pecado. Agarrem-se a cruz.