Na quinta-feira, dia 31, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) tomou um rumo inesperado quando o deputado Rodrigo Valadares (UB) confrontou o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias.
A sessão, que visa investigar os atos de vandalismo ocorrida na Praça dos Três Poderes no dia 8 de janeiro, transformou-se em um cenário de gritarias e tensões.
Rodrigo não poupou palavras ao questionar o general sobre a atuação do GSI no plano escudo. O deputado trouxe à tona uma matéria que apontava supostas declarações falsas feitas pelo general em depoimentos passados à Polícia Federal e apontou várias contradições discutidas na CPMI, envolvendo o uso de WhatsApp, alertas não recebidos e participação em várias questões. A pergunta central foi se o ex-GSI estava mais preocupado em ser preso por mentir ou por omissão.
A tensão agravou-se quando Valadares comparou Gonçalves Dias a um “general melancia” – verde por fora e vermelho por dentro, chamando-o de comunista e sugerindo que ele poderia ser utilizado como bode expiatório. O deputado destacou ainda o desrespeito à comissão por parte do advogado do general, em constantes interrupções, e invocou a sua liberdade de expressão como parlamentar ao ser solicitado a silenciar.
O embate entre o deputado e a bancada do general não apenas escancarou as profundas preocupações em relação às ações do GSI nos atos do dia 8 de janeiro, mas também destacou a potencialidade de declarações contraditórias e omissões.