Por Joedson Telles
Recebo um texto da assessoria do vereador Ricardo Marques informando que ele tenta colher assinaturas de colegas para instalar a CPI da Covid, na Câmara de Aracaju. O parlamentar, inclusive, se coloca à disposição para explicar a cada um dos pares as razões que justificariam seu pleito.
“Aos que dizem que não há necessidade, argumento que quem não deve não teme, e seria uma oportunidade desse parlamento discutir, investigar e aprofundar o que foi feito durante o auge da pandemia em Aracaju”, argumentou Ricardo.
A menos que o prefeito Edvaldo Nogueira tenha deixado de ter maioria na Casa, será muito difícil – se não impossível – uma CPI da Covid sair do lugar na CMA. Ainda que o dedicado Ricardo consiga as assinaturas, o êxito de uma comissão dessa não estaria assegurado. Isso se conseguir.
Aliás, com os argumentos “explicar as razões”, “quem não deve não teme” é mais fácil persuadir o deputado Zezinho Guimarães a voltar a assinar proposta idêntica sonhada pelo deputado Georgeo Passos, na Assembleia Legislativa.
Por questões óbvias, a bancada do prefeito não apoiaria uma CPI da Covid contra a Prefeitura de Aracaju, sobretudo nesta fase da pandemia, quando o avanço da vacinação e inegável e há significativa queda nos números de contaminados e óbitos na capital.
No texto enviado pela assessoria, Ricardo apresenta os motivos que justificariam a criação da comissão, como, por exemplo, a denúncia do Ministério Público Federal sobre uma suposta fraude de licitação envolvendo a Hospital de Campanha de Aracaju. Nenhum deles, todavia, emerge como algo novo aos olhos dos vereadores governistas. Nada capaz de fazê-los mudar de opinião.
P.S. Registro em tempo que algum insatisfeito na bancada do prefeito pode aproveitar o momento. É política.