Terminada a greve dos professores da rede pública estadual, esta segunda-feira, 22, foi marcada pelo retorno às aulas em todas as unidades de ensino. Equipes pedagógicas e diretivas das escolas já se reúnem e programam a continuidade do calendário acadêmico.
Como forma de não prejudicar os alunos, a direção do Colégio Estadual Professor Gonçalo Rellemberg Leite tem estabelecido, após conversa com o corpo docente da unidade, a realização de simulados.
“Principalmente para os alunos do ensino médio que cursarão o ENEM, estamos propondo aos professores a realização de atividades extraclasse para melhor preparar nossos alunos para esta importante prova”, afirma a diretora Jussara Melo.
Um dos mais de 600 alunos matriculados no ensino médio do Gonçalo Rollemberg, o estudante Paulo Brendo, afirma que mesmo no período da greve continuou os estudos.
“Para não sair prejudicado, mantive em casa o mesmo ritmo de estudos que tinha antes da greve, desta forma me considero com preparo igual ao dos demais alunos de outras escolas”, afirma Paulo, que pretende, com a nota do ENEM, concorrer a uma vaga no curso de Direito da UFS.
Prejuízos e ENEM
Aluna do terceiro ano do Ensino Médio no Gonçalo Rollemberg, Alice Silva, afirma que mesmo sentindo-se prejudicada com a interrupção das aulas por parte dos professores, está contente em saber das medidas que serão adotadas pela direção da escola.
De acordo com Alice, “havendo de fato essas atividades propostas pela direção como forma de suprir esse período sem aulas, tanto eu como os colegas estaremos dispostos a participar, porque isso só tem a contribuir com nossa preparação para o ENEM”.
No Atheneu Sergipense, a direção do Colégio, por meio do diretor Genaldo Freitas, propôs aos professores a realização de revisões aos sábados e horários alternativos, para que os discentes da unidade não saiam prejudicados com o movimento grevista.
“Aqui no Atheneu, desde o inicio do ENEM temos o maior número de alunos aprovados em cursos superiores dentre as escolas da rede estadual. E para não interromper esse ciclo, estamos intensificando junto aos professores e alunos, principalmente do 3º ano do Ensino Médio, as aulas extras, simulados e revisões”, afirma Genaldo.
Outra grande escola da capital do estado, o Colégio Estadual Pres. Emílio Garrastazu Médici, em seu primeiro dia de retorno às aulas, reuniu a coordenação pedagógica que, com os professores, analisou quais as melhores alternativas para compensar o tempo que esteve sem aula.
170 mil alunos
O diretor do Médici, Wilton de Oliveira, afirma que a greve tirou o ritmo de estudo, mas que agora haverá o andamento do ano letivo da unidade. Segundo ele, os devidos ajustes no calendário “já estão sendo feitos e posso garantir que os alunos não serão prejudicados”, explica.
No Médici, o grêmio estudantil também contribui com os entendimentos. O estudante Jamesson Alves, aluno do 2º ano, que já está inscrito este ano para fazer o ENEM, fez parte da reunião com a direção do Colégio.
Ele afirmou que, “mesmo com a greve, continuou os estudos em casa, mas sentiu a falta de alguns conteúdos específicos que não obteve durante esse período, porém a direção da Escola se propôs a nos oferecer”.
A Secretaria da Educação possui 356 unidades de ensino distribuídas em todo estado, com uma clientela aproximada de 170 mil alunos. A reorganização do calendário letivo levará em conta o cumprimento de trabalho dos 200 dias, conforme determina a Lei.
Enviado pela assessoria