A retomada da confiança das famílias aracajuanas em relação à perspectiva de consumo ensaia uma retomada lenta, como observada pela pesquisa do Índice de Intenção de Consumo das famílias (ICF), realizada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), analisada pelo Departamento de Economia da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Sergipe (Fecomércio-SE).
O ICF, medido por meio de pesquisa com 500 famílias das mais variadas faixas salariais da capital sergipana, apontou o melhor índice dos últimos 12 meses na intenção de consumo dos aracajuanos. O número atual aponta 93 pontos, o mais alto desde fevereiro de 2017, que apresentou 69,7 pontos. O ICF registra aumento há oito meses seguidos, desde julho do ano passado que o índice é crescente.
O subíndice indicador do ICF por faixa salarial também apresentou melhores perspectivas para o público de ambas as faixas salariais. Para as famílias que possuem renda entre 1 e 10 salários mínimos mensais, o indicador mostrou 91,5 pontos, o que também é o melhor do período corrente de um ano, entre fevereiro de 2017 e fevereiro deste ano. Para as famílias que possuem renda superior a 10 salários mínimos, o indicativo apontou 108,7 pontos, o melhor em cinco meses. O ICF conta com a escala de 0 a 200 pontos para sua medição.
A evolução mensal da perspectiva de consumo das famílias aracajuanas, em fevereiro atingiu o índice de 96,2 pontos. O número é levemente menor que o de janeiro, que foi de 97,7 pontos, mas significativamente superior ao de fevereiro do ano passado, quando a falta de confiança na economia apontou o resultado de 51,5 pontos.
A pesquisa do ICF de fevereiro, identificou que as famílias de Aracaju avaliam que hoje a renda familiar está igual ao mesmo período do ano passado (36,4%), cerca 31,6% entendem que a renda familiar atual está pior, e 31,6% mencionaram que a renda está melhor. Esses indicadores permitem concluir que, de fato, as famílias ainda estão com restrição orçamentária e com poucas perspectivas para consumo no médio prazo.
Laércio Oliveira, presidente da Fecomércio, destaca que o momento já é melhor que no ano passado, quando os índices eram mais baixos e refletiam a pouca confiabilidade do momento econômico da época.
“Estamos nos recuperando dos problemas provocados pela economia nos três últimos anos. Ainda não estamos no melhor momento, mas já há uma melhora significativa na intenção de consumo da população de Aracaju, o que indica uma recuperação, mesmo que lenta, de nossa economia. A perspectiva de consumo que apontava cerca de 50 pontos no ano passado, hoje já aponta quase 100, o que é um reflexo do ânimo da população, que volta a acreditar em dias melhores para o cenário econômico sergipano. Estamos numa melhoria gradativa, o que anima a todos nós”, disse Laércio.
Por Márcio Rocha