Por Joedson Telles
Na manhã desta terça-feira 25, ao ouvir o discurso do deputado estadual Gilmar Carvalho (SDD), na Assembleia Legislativa, sobre a saída da promotora de Justiça Euza Missano da esfera da Saúde, a deputada estadual Conceição Vieira (PT) fez o que o senso comum costuma definir como “chutar o pau da barraca”. Gilmar citou um comentário do jornalista Jozailto Lima (Cinform), ajuizando que o Governo do Estado trabalhou para que houvesse a mudança. Ou, nas palavras do próprio Jozailto: “o governo procurou o MPE e pediu a cabeça dela”. Em tom áspero, a deputada do PT desafiou o colega Gilmar a provar a trama. Segundo ela, se o juízo é que o Ministério Público se vendeu ao governo, o deputado Gilmar Carvalho deve assumir isso publicamente e, obviamente, provar. “Não é só falar. ‘Ah porque a imprensa disse’. Sim: e tudo que a imprensa diz a gente tem que repetir e escrever com letras garrafais? A imprensa pode estar equivocada”, observou Conceição.
A deputada petista disse ainda que os homens e mulheres públicos precisam ter cuidado com as versões que passam à sociedade sobre os processos de alternância, nomeação ou indicação de outros homens e mulheres públicos. “Ser falado pela imprensa ‘é este ou aquele motivo’ é diferente de ser falado pelo Poder Legislativo. Conversei, por acaso com a promotora Euza Missano. A sua Promotoria é a de Defesa do Consumidor. Ela me disse que estava cansada. Que já tinha dado a sua contribuição (a Saúde) e seria importante retomar a (Promotoria) Defesa do Consumidor”, disse Conceição, observando ser melhor aceitar a versão da própria Euza que alimentar a versão que o MPE é subordinado ao Poder Executivo. “Isso é forte de se dizer. É preciso entender que lá estão homens e mulheres sérios e competentes. Como é que a gente diz que foi pressão? Então, tem gente lá (MPE) subordinada e faz a vontade de agente externo?”, indagou, entendendo que a questão Euza Missano está sendo politizada.
Foto: César de Oliveira