O Programa Jovem Tech, uma iniciativa do Governo Federal que será executada na capital sergipana através de uma parceria entre a Prefeitura de Aracaju e o Instituto de Inovação de Sergipe (Inova-SE), marca o início de uma nova realidade para jovens e adolescentes interessados em ingressar no mercado de trabalho tecnológico.
A partir do programa, 600 aracajuanos com idade entre 16 e 24 anos que não estão estudando, nem trabalhando, serão beneficiados com a oportunidade de se capacitarem em diferentes linguagens de programação e educação empreendedora para o ingresso na área da tecnologia.
O Termo de Fomento no valor de R$ 6,5 milhões do programa Jovem Tech foi assinado no dia 12, pelo prefeito Edvaldo Nogueira, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, e o gerente executivo do Inova-SE, Marcos Vasconcelos Costa. O projeto será executado no espaço do Caju Hub, que será instalado no Centro de Arte e Cultura J. Inácio, na Orla da Atalaia. As capacitações, que terão duração de dois anos, serão voltadas para o mercado privado da área de tecnologia, com base na demanda apresentada pelas empresas desse setor, a exemplo de analista de redes, de sistemas, desenvolvedores, técnicos de informática e de rede, entre outras.
O secretário do Desenvolvimento Econômico e Inovação de Aracaju, Victor Rollemberg, destaca a importância do programa para inserir a juventude nas áreas da Ciência e da Tecnologia, com a perspectiva de encontrarem um emprego no mercado de trabalho. “O Jovem Tech vai fomentar a principal camada da estrutura da população de Aracaju, os jovens, que lá no futuro precisarão de um emprego. E a tecnologia é muito importante. Alguns jovens vão para um caminho mais tradicional, como por exemplo, querem ser professores, médicos, advogados, engenheiros. Mas tem aqueles que, hoje em dia, não precisam mais de formatura, e que com o uso da tecnologia, conseguem caminhar com as próprias pernas. A Prefeitura de Aracaju, juntamente com o Governo Federal, está sendo peça fundamental para poder fomentar essa atividade econômica na nossa cidade”, declara.
Para o reitor da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Valter Joviniano de Santana Filho, que acompanhou a assinatura do Termo de Fomento, o programa Jovem Tech é de grande relevância para os jovens da capital. Segundo ele, o Brasil precisa se preparar na formação de recursos humanos qualificados para atender às demandas na área da tecnologia. “Esse projeto vem no sentido de ofertar um treinamento de qualidade, olhando para uma parcela da população que estava à margem da educação e do mercado de trabalho. O programa vai resgatar esses jovens para o mercado, fomentar a economia e entregar para o setor público e privado soluções que vão levar ao desenvolvimento do nosso município, do nosso estado, e consequentemente, do nosso país. Estou muito feliz que a UFS esteja participando, junto com o município, dessa iniciativa que será transformadora para o nosso estado”, diz.
Do total de recursos para a execução do programa em Aracaju, o montante de R$ 1 milhão chegou através de emendas parlamentares do governador Fábio Mitidieri, à época deputado federal, e outros R$ 2 milhões do senador Alessandro Vieira, que se somam aos recursos de R$ 3,5 milhões do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Para o senador Alessandro Vieira “esta iniciativa trará emprego para os jovens que não conseguem a oportunidade no mercado, graças à qualificação rápida e de qualidade que será ofertada. Temos que prepará-los, mas também preparar o mercado para eles entrarem. O mercado de tecnologia está sempre em efervescência. A gente agora quer produzir essa mão de obra capacitada aqui mesmo, para esses jovens, dentro do mundo digital, com uma oportunidade de crescimento”, afirma.
Outro entusiasta da iniciativa é o diretor do Núcleo de Inovação e Tecnologia da Prefeitura de Aracaju, Walter Andrade Júnior. “A gente está pensando na geração que está mais necessitada, a de jovens que não estão nem estudando ou não podem estudar, e não estão trabalhando. Então a ideia é que a gente potencialize isso com qualificação técnica voltada ao que o mercado está pedindo. Então essa conversa com o setor privado vai ser a primeira parte que a gente vai querer com esse Programa Jovem Tech, para entender os anseios da sociedade privada através do programa”, ressalta.
O gerente executivo do Instituto de Inovação de Sergipe, Marcos Vasconcelos Costa, declara que uma das principais consequências do programa será colocar Sergipe na rota da inovação. “Hoje a gente não tem um espaço que consiga ser referência na área de inovação e desenvolvimento tecnológico. Então esse espaço será para isso. E o programa como um todo é exatamente o desenvolvimento social que isso vai trazer, isto é, inserir quem tecnicamente não teria acesso a uma formação de qualidade e voltada para a empregabilidade, tendo como pano de fundo a tecnologia. Então isso é realmente inovador”, afirmou.
Foto: Marcelle Cristinne/PMA