Aracaju faz parte de um pequeno grupo de municípios que possui coleta seletiva, está inserida nos 18% das cidades brasileiras que possuem esse tipo de serviço, de acordo com a pesquisa realizada pelo Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre). Esse dado, porém, coloca a capital sergipana como um dos municípios que se preocupa com educação ambiental e, mais do que isso, entende que o lixo é um dos principais problemas da sociedade atual.
Há mais de dez anos, o lixo tem uma destinação correta e a Prefeitura de Aracaju, através da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) tem trabalhado para melhorar cada vez mais o serviço de coleta seletiva e de, principalmente, conscientização da população. Neste trabalho, contudo, a Emsurb conta com a colaboração de duas cooperativas de reciclagem, a Cooperativa dos Agentes Autônomos de Reciclagem de Aracaju (Care) e a Cooperativa de Reciclagem do Bairro de Santa Maria (Coore).
“Atualmente, estamos com o plano de contratar essas cooperativas. Hoje, elas prestam serviço para nós, mas, temos o intuito de contratá-las para que, assim, elas façam o trabalho em 100% dos bairros. O serviço que elas já realizam é muito bom e importante, porém, temos o objetivo de prestar uma espécie de assessoria para essas cooperativas com o intuito de melhorar ainda mais o que já vem sendo feito”, ressaltou o diretor de Operações da Emsurb, Bruno Moraes.
Devolver ao aracajuano a qualidade de vida também quer dizer cuidar do lixo que é produzido pela cidade e isso significa dar a destinação correta a ele: é para isso que serve a coleta seletiva. “Quando separamos os materiais orgânicos do papel, o papel do vidro e o vidro do plástico, estamos, na verdade, auxiliando a diminuir o lixo nos aterros e também cuidamos para que materiais recicláveis possam chegar ao seu destino e, consequentemente, possam ser reutilizados. Além de controlar gastos com coleta de lixo, ainda cuidamos da natureza, o que é fundamental”, destacou Bruno.
Uma das principais medidas adotadas pela Prefeitura ao longo desse pouco mais de um ano de gestão, foi a instalação da coleta seletiva realizada diariamente. A cada semana, uma nova programação é iniciada para atender os bairros da capital. “Além da coleta seletiva, temos o Cata Treco que recolhe materiais maiores, como móveis que a população deseja descartar, e já chegou a 100% dos bairros e continua rodando. A coleta seletiva passou a ser mais uma prioridade porque diminui os impactos na natureza. Tudo o que sai do Cata Treco vai para a Caare e tudo que é retirado dos PEVs (Ponto de Entrega Voluntária) vai para a Coores. Outra questão é que esse trabalho diminui o descarte irregular e esta é uma das nossas preocupações porque realizamos a limpeza de canais, porém, muitas vezes acontece que no mesmo dia em que limpamos os canais, alguém descarta um sofá, por exemplo, no canal e, quando chove, alaga o local. Por isso que também tentamos sensibilizar a população para que faça a sua parte”, frisou o diretor de Operações.
PEVs e números
Um dos instrumentos utilizados no trabalho de coleta seletiva são os Pontos de Entrega Voluntária (PEVs), que são caixas coletoras que estão espalhadas em pontos estratégicos da cidade e onde a população pode descartar o lixo que separou em casa. Existem 54 PEVs distribuídos em Aracaju.
“Temos conversado com as comunidades de toda a cidade tentando explicar a importância e necessidade de realizamos a coleta seletiva contando com o auxílio da população. Essa interação tem surtido efeito e os resultados são bastante positivos. O grande diferencial dos PEVs foi que começamos a ir para as reuniões das comunidades e, ao participar, a gente conseguiu explicar de que forma a gente poderia melhorar a coleta, principalmente com os recicláveis. Determinamos alguns pontos de referência para tentar ter uma coleta maior e pessoas começaram a se mobilizar mais”, afirmou o diretor.
A evolução do serviço foi tanta que, em abril do ano passado, foram registradas 1.560 toneladas de lixo retirado dos PEVs, já no mesmo mês de 2018, foram 4.960. “Um número bastante significativo que queremos aumentar cada vez através do diálogo com as comunidades”, completou Bruno Moraes.
Enviado pela assessoria