Por Luiz Sérgio Teles
Coerente com a entrevista que o presidente do PSB de Aracaju, o vereador Elber Batalha, concedeu ao Universo, há duas semanas, na manhã desta segunda-feira, dia 26, o senador Antônio Carlos Valadares (PSB) descartou uma aliança política com o deputado federal André Moura (PSC). O senador voltou a afirmar que não foi feto nenhum acordo para apoiar uma pré-candidatura do líder do Governo Federal no Congresso Nacional.
Segundo Valadares, o PSB vislumbrou que o candidato natural da oposição a governador, em 2018, seria o senador Eduardo Amorim (PSDB). Valadares enfatizou que, na época, Eduardo era do PSC e liderava o grupo. Já André Moura sequer foi visto na campanha de Valadares Filho (PSB) para prefeito de Aracaju.
“O PSB nunca teve problema com Eduardo Amorim e nem com André Moura. O problema está sendo criado por André Moura, ao ponto que a eleição, ao invés de começar pelo candidato a governador, começou pelo candidato a vice. Não lembraram em momento nenhum de mim. Queriam Valadares Filho como vice com o objetivo de afastar o senador Valadares de qualquer possibilidade de disputar o Senado. Será que é medo? Será que posso ameaçar o provável candidato ao Senado? O PSB não é um partido de aluguel”, avisou, ao ser provocado pelo radialista Gilmar Carvalho, na Mix FM.
Valadares ressaltou também que seria uma covardia da sua parte se afastar da política no atual momento que vive o país e o estado de Sergipe. E denunciou o que definiu como uma tentativa de desqualificar seu partido perante a sociedade.
“Acham que o PSB não apita mais nada. Que o PSB deve ficar fora mesmo. Que o povo deve repudiar seus quadros. Que Valadares Filho não pode ser mais nada e o senador Valadares tem que se afastar. Somos pessoas leais. Cumprimos nossos compromissos. Estão nos tratando como bandidos. Por que não deixam a gente em paz e não lançam logo a candidatura deles? Já que não prestamos, que não cumprimos a palavra, já que não temos nenhuma importância na política, por que essa importância toda com o PSB? Mesmo se houvesse acordo, não seria consolidado porque estamos sendo tratados como partido de segunda categoria”, resumiu.
O senador desafiou o deputado federal e líder do governo Michel Temer, André Moura, e o senador Eduardo Amorim provarem que ele ou algum assessor seu tenha usado o Twitter para denegrir a imagem de quem quer que seja.
“Eu tenho ética, decência e comportamento transparente. Se algum assessor de Antônio Carlos Valadares fizer uma agressão a um adversário, pode processar. É isso que estou fazendo com duas pessoas próximas a André Moura que resolveram viralizar nas redes sociais vídeos deprimentes conta mim e contra Valadares Filho. Fui obrigado a parar minha licença para procurar um advogado e processar esses sujeitos. Estão fazendo isso porque não estamos baixando o pescoço e não estamos nos submetendo a liderança de André Moura”, disse.
Sobre a provável pré-candidatura de André Moura ao Senado, Valadares cutucou dizendo que “é importante que ele tenha cargo no Congresso Nacional para manter o foro privilegiado especial para responder a processos”.