“Um em cada 4 de nós terá um AVC ao longo da vida! Não deixe que seja você!”. Esse foi o foco da campanha do Dia Mundial do AVC, celebrada em todo o mundo nesta terça- feira, dia 29 de outubro. De acordo com a neurologista do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), Larrisy Lima, cerca de 20 pacientes novos com Acidente Vascular Cerebral (AVC) dão entrada, semanalmente, no Pronto Socorro do hospital. A doença, que acomete o sistema nervoso central, é causada por algum dano ao sistema nervoso vascular.
A maior parte dos fatores de risco para o AVC em sua grande parte são fatores de risco que levam também ao infarto agudo do miocárdio, fatores de risco cardiovasculares, hipertensão arterial sistêmica, diabetes, sedentarismo, alimentação desregrada, tabagismo, etilismo, entre outros. Combatendo esses fatores de risco é possível evitar uma grande maioria dos AVC’s.
“Aqui em Sergipe iniciamos recentemente um registro de casos para a gente documentar o número de pacientes com AVC, proporção entre os sexos, quanto tempo depois dos sintomas eles chegam no Huse, qual o resultado das tomografias desses pacientes no Huse, qual o quadro clínico que eles dão entrada e como estão quando saem de alta médica e os números são alarmantes”, explicou a neurologista.
Ela afirmou, ainda, que a maior parte dos casos acontecem com a faixa etária acima dos 50 anos. “No entanto, tem aumentado significativamente casos de pessoas na faixa etária dos 30 e 40 anos, isso é bem alarmante tendo em vista que são pessoas economicamente ativas, não raro é o provedor da família e isso tem muito impacto porque essa pessoa além de ficar com uma carga de sequela que a tira do mercado de trabalho, acontece, também, de outro familiar precisar sair do mercado de trabalho ou estudar para cuidar desse ente que está incapacitado”, enfatizou a médica Larissy Lima.
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O fonoaudiólogo do Huse, Arthur Brito Marcelino, destaca o papel da fonoaudiologia no cuidado intra hospitalar ao paciente com AVC agudo. “Para se ter uma ideia, em 2018 foram registrados cerca de 380 casos de AVC que deram entrada no Huse. Desses, mais de 60% apresentaram casos de disfagia, podendo ser leve, moderada ou grave, sendo necessário, muitas vezes, a intervenção de reabilitação e via alternativa alimentar para que esse paciente consiga hidratar e nutrir de forma adequada e sem risco de desnutrição, desidratação e sem risco de pneumonia aspirativa”, explicou o fonoaudiólogo.
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