Durante todo o ano de 2023, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Educação e Cultura (Seduc), implantou melhorias significativas na aquisição, distribuição, manipulação e oferta da alimentação escolar, com grande salto no valor nutricional da merenda.
Com investimentos de mais de R$ 6 milhões, a alimentação escolar passou a ofertar o filé de camarão e o pão de macaxeira. Gradativamente a regionalização é realizada e ganha mais produtos da agricultura familiar e dos pequenos camponeses, com a perspectiva de que, ao final de 2024, seja atingido o valor de 30% de produtos de camponeses e agricultores sergipanos.
Na visão do secretário de Estado da Educação e Cultura, Zezinho Sobral, a inclusão do camarão e do pão de macaxeira na merenda é mais um passo para a construção de uma alimentação mais rica em nutrientes, diversa e complementar dentro da escola, além de fazer a economia dos pequenos produtores girar e oferecer aos alunos produtos de qualidade com selo de procedência. “Inserindo esses alimentos na dieta dos estudantes, por meio de uma parceria com os pequenos agricultores, damos aos estudantes uma maior diversidade alimentícia, ao mesmo tempo que dá ao pequeno agricultor da nossa terra a oportunidade de se profissionalizar num ramo de fornecimento para grandes instituições”, comenta o secretário.
Dentro da ampliação de itens, o filé de camarão foi incorporado à alimentação escolar, primeiramente em 45 centros de excelência espalhados pelas diretorias regionais do sul sergipano (DRE 2), baixo São Francisco (DRE6) e Aracaju (DEA). Para 2024, o plano é inserir o camarão na dieta de todas as escolas das diretorias regionais. A diretora do Departamento de Alimentação Escolar da Seduc, Lucileide Rodrigues, conta que a inclusão do camarão se deu pela necessidade da diversificação de nutrientes na merenda, com planejamento, teste de aceitabilidade e formação dos profissionais que trabalham na merenda. “O camarão, além de ser um alimento típico de Sergipe, é altamente nutritivo, rico em vitaminas do complexo B e ômega 3, que auxiliam no desenvolvimento, aprendizado e outras funções cognitivas. Além da contribuição nutricional, visou-se o fortalecimento da agricultura familiar de Sergipe”, descreve.
A aquisição do camarão e do pão de macaxeira passou por testes de aceitabilidade, em conformidade com a Resolução nº 06, de 8 de maio de 2020 e com o Manual para aplicação dos testes de aceitabilidade no Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Ambos conquistaram alta aceitação e sua inclusão contribuiu para a diversificação do cardápio, a fim de garantir uma alimentação saudável e equilibrada aos alunos, além de fortalecer a comercialização de produtos da agricultura familiar, incentivando a produção local e gerando renda para os produtores de Sergipe.
A diretora do Departamento de Alimentação Escolar da Seduc, Lucileide Rodrigues, destaca que a implementação aconteceu juntamente com a oferta de capacitação aos manipuladores de alimentos, que os instruiu a uma preparação de refeições equilibradas e seguras para os alunos, com orientações das nutricionistas da Seduc. Gestores, coordenadores de educação, secretários das unidades escolares e chefes de núcleo das diretorias regionais também participaram de cursos de capacitação visando garantir refeições completas e seguras para os estudantes. “Todas as melhorias mencionadas são fundamentais para garantir o bem-estar dos alunos e promover uma educação alimentar adequada, reduzindo riscos alimentares. Além disso, é importante ressaltar a importância da parceria com a agricultura familiar, fortalecendo a economia local e incentivando a produção de alimentos saudáveis”, adiciona Lucileide.
Agricultura familiar
Através da determinação do Programa Nacional de Alimentação Escolar de direcionar recursos à agricultura familiar, o Governo do Estado proporcionou a pequenos agricultores a oportunidade de fornecer alimentos saudáveis e sem agrotóxicos para a dieta de estudantes da rede pública estadual de ensino. O cooperado Manoel Antônio Oliveira, membro da Cooperativa Nordestina de assentados da reforma agrária de Sergipe, enfatiza a importância de trazer alimentos livres de produtos químicos para a mesa de crianças e adolescentes. “A presença da agricultura familiar na alimentação das escolas traz um diálogo do campo com a sociedade, mostrando para ela que a agricultura familiar, camponesa, tem produtos limpos de qualidade, nutritivos, que contemplam os requisitos de uma alimentação saudável”, elucida.
Futuramente, os planos são de expandir outros produtos ofertados para a merenda, regionalizando a alimentação escolar de acordo com a produção local, a logística e as condições geoclimáticas. “Os 16 produtos atualmente ofertados aumentarão através de parcerias entre as cooperativas, pois já foi provado que a agricultura familiar tem capacidade e competência de fornecer mais para a alimentação estudantil”, conclui Manoel Antônio.
Do Governo do Estado