Por Joedson Telles
Esse Zezinho Guimarães “não é brinquedo não”, como dizia uma personagem de uma dessas novelas tolas da Globo. Ou como se diz lá em Itabaiana, é um “fi do canso”. E essa dele entregar de bandeja que tem aliado que ocupa secretaria no governo Jackson Barreto e ensaia usar a máquina, pensando em se eleger, em 2018? Das boas, não?
Lembra quando Robson Viana, outro que não tem língua presa, alertou Jackson Barreto para ter cuidado para não deixar o governo como o pior governador da história…
Zezinho não é mole. Quem disse que é preciso um deputado de oposição – Georgeo Passos ou Luciano Pimentel, por exemplo – usar a tribuna da Assembleia e jogar no ventilador que existe uso da máquina na gestão JB? Que nada. Zezinho mesmo detona. E depois anda para aliado que vem com a conversa mole de fogo amigo…
É lógico que Zezinho legisla em causa própria. Vai disputar uma reeleição, em 2018, ou pelo menos faz planos para isso, e, ao tornar o escândalo público, acredita asfixiar uma concorrência desleal.
Todavia não se pode deixar de reconhecer que, de quebra, o deputado do PMDB presta um serviço positivo à sociedade. O embrutecimento pode não permite ao coletivo discernir, mas, ao levantar a questão, Zezinho diz, nas entrelinhas, que tem secretário do governador Jackson Barreto focado, não na gestão como deveria estar, mas nos seus interesses pessoais.
A julgar pelo juízo de Zezinho, é gente cuja desincompatibilização é questão de tempo, óbvio, mas, até lá, a preocupação será sempre como usar a máquina em benefício próprio.
A boca grande do deputado Zezinho Guimarães tende a inibir? Espera-se. Evitará o que ele mesmo define como “um pouco de abuso”? Aliás, a ficha não caiu ainda. O cara, então, pode usar a máquina, mas não abusar? É isso? Não discernir bem. Se for é o fim da picada.
De qualquer modo, ao dedurar aliados, Zezinho não apenas alerta o governador para a necessidade de ter pulso sobre os seus auxiliares, e não permitir o erro na sua cozinha, mas também convida o Ministério Público Federal a entrar em cena, coibindo possíveis crimes eleitorais. O Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe idem.
P.S. Ao comentar o assunto, ao ser provocado pelo jornalista Marcos Couto, Zezinho disse para conduzir com moderação para não virar avacalhação. Já eu digo: mais?