O governador Belivaldo Chagas (PSD) ratificou, nesta terça-feira, dia 03, que, no momento, não tem condições de conceder o reajuste salarial aos servidores do magistério, por conta da situação financeira do Estado. Segundo ele, o reajuste representaria um acréscimo de R$ 5 milhões, sendo R$ 2,5 milhões na folha de ativos e R$ 2,5 milhões a folha dos aposentados. “A folha já vai crescer em torno de 3,7 milhões com os reformados militares. Se eu coloco mais 2,5 milhões dos educadores aposentados, a folha passa da casa dos R$ 5 milhões. Já temos um déficit de R$ 100 milhões por mês. Entre a vontade de fazer e as condições para que se possa fazer há uma diferença muito grande”, frisou.
Belivaldo observou que, das 20 propostas do seu plano de governo, 14 já foram cumpridas até o momento. Também ressaltou que prioriza a educação, mas tem limitações financeiras. “Os 100% dos recursos do Fundeb não são mais suficientes para pagar a folha. Tudo é feito de forma clara, transparente. O Sintese foi a quem eu primeiro disse. Eu não tinha garantia de recursos para pagamento do décimo terceiro este ano. Se não tenho garantia do décimo, como vou dar reajuste?”, indagou.
O governador disse que irá aguardar um processo que tramita no Supremo Tribunal Federal, que está em fase de votação, e, se a decisão for favorável, Sergipe poderá obter recursos na ordem de R$ 1 bilhão, que poderá ser aplicado para melhorar as condições da educação e conceder o reajuste. “Eu não tenho nada contra nenhum sindicato, muito menos contra o Sintese, mas não posso ser irresponsável e conceder o reajuste só porque estão pedindo”, disse.
Do Universo, com informações da Jornal FM