O vice-governador Belivaldo Chagas e o Cônsul-Geral dos Estados Unidos no Recife, John Barrett, visitaram as obras de implantação da Usina Termoelétrica Porto de Sergipe (UTE) na manhã, desta terça-feira, 19. A visita teve por objetivo acompanhar o andamento das obras e apresentar ao cônsul o projeto da Usina Termoelétrica que está sendo construída na Barra dos Coqueiros. Atualmente, a obra conta com 1.000 funcionários, sendo 70% da mão de obra sergipana.
A empresa responsável pela usina é a Centrais Elétricas de Sergipe (Celse). A usina termoelétrica integra o Complexo de Geração de Energia Governador Marcelo Déda e será a maior do gênero na América Latina. Irá receber um total de investimento de cerca de R$ 5 bilhões, o maior investimento feito pela iniciativa privada no estado.
Para o vice-governador Belivaldo Chagas, o empreendimento trará benefícios incalculáveis para o estado. “Percebemos que a obra tem avançado muito, inclusive, na geração de emprego já ultrapassamos a casa de mil empregados aqui. As obrascseguem o cronograma estabelecido, com perspectiva real de que no início de 2020 esteja em pleno funcionamento”, ressaltou.
Na opinião do Cônsul-Geral dos Estados Unidos no Recife, John Barrett, o empreendimento demonstra a parceria de sucesso entre as empresas americanas e brasileiras. “Estou extremamente satisfeito em conhecer esta obra que é um bom exemplo de parceria entre os Estados Unidos e o Brasil, dois países enormes. Portanto, é natural que tenham projetos como esses, com empresas americanas e brasileiras, compartilhando ideias, inovação, tudo para melhorar a economia brasileira. É impressionante essa obra aqui, com o setor privado, mas com o apoio do Estado, num local adequado, com um bom financiamento, todas essas partes são importantes para a garantia de sucesso do empreendimento”, destacou o Consul.
Segundo o diretor técnico da Usina Termoelétrica Porto de Sergipe, Edio José Rodenheber, a visita foi importante em dois aspectos. “O primeiro, para a Celse, por receber pessoas e principalmente o cônsul norte-americano, uma vez que boa parte dos equipamentos veem dos Estados Unidos. Portanto, é uma parceria importante entre o Brasil e os Estados Unidos, usando o que eles têm de melhor, que é a tecnologia, e a visita do vice-governador que é com quem a gente viabilizou o projeto quando começamos a conversar com o governo. A gente conversou bastante com ele e isso também trouxe conforto para virmos para o estado e realizarmos este grande investimento”, disse.
“A gente começa com a eletromecânica a partir de janeiro, e o cronograma nos leva com a usina em operação em setembro de 2019. Atualmente, nós temos 1000 funcionários trabalhando, dos quais 70% são de Sergipe. No pico da obra, que vai ocorrer em meados do ano que vem, teremos 2500 pessoas trabalhando”, informou Édio.
A Usina está prevista para entrar em plena operação em janeiro de 2020, e terá a capacidade de gerar 1,5 (GW) de energia elétrica. Para dimensionar o empreendimento deve-se assinalar que a UTE Porto de Sergipe poderá sozinha atender a 15% da demanda de toda a região Nordeste. Quando consolidado, é um projeto que equivale a Usina de Xingó.
Na ocasião, o vice-governador fez um apelo ao Consul para que intermediasse a vinda de novas empresas norte-americanas em Sergipe. “Fiz um apelo ao cônsul para trazer mais empresas para o nosso estado com a intenção de ampliar nosso parque industrial e, com isso, gerar mais emprego e renda para nosso estado. Acredito que Sergipe tenha um grande potencial de investimentos que temos que aproveitar. Será bom para as empresas e ainda mais para o povo sergipano”, frisou.
Investimentos
Adicionalmente à UTE Porto de Sergipe, um terminal de regaseificação será criado e operado pela Golar na costa de Sergipe, próximo às instalações do TMIB – Terminal Marítimo Inácio Barbosa. A realização desse investimento abrirá grandes oportunidades de investimentos na cadeia produtiva de petróleo, gás e energia em Sergipe, inclusive em razão da oferta de gás natural que poderá ser fornecido a partir do Terminal de Regaseificação.
O investimento recorde abrirá caminhos para outros investimentos. O Governo de Sergipe e CELSE planejam ampliar a geração de energia termelétrica com os projetos Laranjeiras II e Marcelo Déda, também integrantes do Complexo de Geração de Energia, o que totalizará a geração de 3 GW. Ademais, funcionará também como um atrativo para investimento em outros setores de geração de energia renovável.
A norte-americana General Eletric (GE) vai fornecer o equipamento para a Usina Termoelétrica. Em 2017, a GE Power Eletrics assinou extensão de contrato com a Celse no valor de US$ 216 milhões. Com isso, o contrato total da GE com a Celse vai US$ 1,116 bilhão. O contrato prevê a operação e manutenção, além de soluções digitais que poderão melhorar a eficiência da Termoelétrica Porto de Sergipe, a maior da América Latina.
A ExxonMobil fechou acordo para se tornar fornecedora exclusiva de Gás Natural Liquefeito (GNL) à Termelétrica Porto do Sergipe. O acordo também deverá se estender a outros projetos. O tratado deverá abranger todas as fases de desenvolvimento da usina, que possui uma capacidade de geração estimada em até 1,5 GW e está prevista para iniciar suas operações em 2020.
O cônsul
John Barrett é um diplomata de carreira do Departamento de Estado dos Estados Unidos. Ele assumiu a função de Cônsul Geral no Recife em Julho de 2017. Barrett já havia servido na Embaixada dos EUA em Brasília entre 2008 e 2011.De 2015 a 2017, John trabalhou em Washington D.C. servindo como oficial sênior responsável pelo suporte à relação bilateral EUA-Filipinas. Entre 2012 e 2015, John foi Conselheiro de Assuntos Econômicos na Embaixada dos Estados Unidos em El Salvador, onde presidiu a área econômica e de desenvolvimento da iniciativa “Parceria para o Crescimento”, criada pela Casa Branca e pelo Governo de El Salvador para enfrentar os desafios de segurança e do crescimento econômico. John também serviu na China, Afeganistão e Guatemala. Antes de ingressar no serviço diplomático, John Barrett ocupou vários cargos executivos e de planejamento estratégico na PepsiCo, The Walt Disney Company e Consultoria LEK. John possui MBA da Wharton School of Business da Universidade da Pensilvânia.
Foto: Marcelle Cristinne/ASN