Por Joedson Telles
O governador Marcelo Déda (PT), ao conceder entrevista coletiva à imprensa, na manhã desta quinta-feira, dia 2, quando da visita à Empresa Almaviva, no Bairro Industrial, sugeriu ao secretário do Meio Ambiente da Prefeitura de Aracaju, o promotor de Justiça Eduardo Matos, “baixar a bola”. “É preciso baixar um pouco a bola, que o secretário do Meio Ambiente da Prefeitura seja mais técnico, até porque de política ele não entende. De política entende doutor João Alves Filho. Que seja mais técnico, que baixe a bola, que se lembre que é um promotor de Justiça, hoje está na secretaria, amanhã no Ministério Público, que se lembre que o que vale na vida é credibilidade. Não adianta um secretário do Meio Ambiente, promotor de Justiça, agir com arrogância. Achar que peitando o secretário estadual do Meio Ambiente vai resolver o problema, porque não vai”, garantiu.
O governador Marcelo Déda foi provocado pelos jornalistas sobre a polêmica envolvendo o prefeito de Aracaju, João Alves (DEM), e o secretário de Estado do Meio Ambiente, Genival Nunes, por conta da necessidade de a Prefeitura de Aracaju fazer uma obra para conter a força da água do mar avenida Beira Mar, na 13 de Julho. “Ao que nós estamos assistindo é uma discussão eminentemente técnica. Não há questão política e nem pessoal. A Adema é uma agência de meio ambiente. O secretário de Meio Ambiente é doutor Genival Nunes. Não conheço neste estado uma autoridade mais qualificada, do ponto de vista técnico e ético, na área ambiental do que Genival Nunes. O conheço há 30 anos. Edvaldo era meu adversário? Todos acompanharam a discussão sobre a lixeira lá em Socorro. Todos viram a discussão de Edvaldo com Genival Nunes. Será que era política, dois aliados?”, indagou.
Déda salientou que, enquanto governador do Estado, elaborou um projeto para duplicar a Orlinha do Bairro Industrial, mas não obteve a licença da Adema para tocar a obra. “Não liberou. Eu sou o governador. poderia demitir (exonerar) o secretário e colocar outro. Mas o governador é escravo da lei. E todos os secretários são escravos da mesma lei. Então, o que é preciso é mais diálogo e entendimento dentro da lei”, assegurou.